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Empresas de óleo e gás já cortaram US$ 380 bilhões em projetos desde 2014

Projetos de petróleo e gás avaliados em US$ 380 bilhões foram adiados ou cancelados desde 2014 conforme as empresas cortam custos para sobreviver à derrocada nos preços da commodity, incluindo US$ 170 bilhões em projetos planejados para entre 2016 e 2020, disse a consultoria em energia Wood Mackenzie.

As companhias de petróleo e gás estão sendo forçadas a lutar pela sobrevivência conforme os preços caem para níveis não vistos desde 2004, disse o relatório da Wood Mackenzie nesta quinta-feira.


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Na terça-feira, a Petrobrás anunciou um corte de 24,5% dos investimentos previstos para o período 2015-2019, com a companhia priorizando projetos de maior retorno e minimizando gastos em empreendimentos que pode vender. 

"O impacto de preços mais baixos sobre os planos das companhias tem sido brutal. O que começou em 2014 como um corte em gastos discricionários em exploração e em projetos em pré-desenvolvimento se tornou uma cirurgia completa para cortar todos gastos não essenciais em operações e investimentos", disse o principal analista de petróleo da Wood Mackenzie, Angus Rodger.

O relatório vem na mesma semana em que o banco Barclays afirmou que companhias de petróleo e gás em todo o globo devem cortar gastos em exploração e produção em até 20% em 2016.

A Wood Mackenzie disse que um total de 68 grandes projetos com reservas combinadas de cerca de 27 bilhões de barris de petróleo equivalente foram adiados desde 2014, com US$ 170 bilhões de cortes para o período 2016-2020.

Em termos de produção, um total de 2,9 milhões de barris por dia de produção líquida seria adiado na próxima década, mais do que produz a Venezuela, membro da Opep, disse a consultoria.

O custo de break-even médio (ou seja, o valor que o barril de petróleo deveria ter para que as empresas começassem a ter lucro) dos novos projetos postergados é de US$ 62 por barril de petróleo equivalente, disse a Wood Mackenzie, que ressaltou que projetos em águas profundas foram os mais afetados.

Fonte: AE






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