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Empresas gaúchas disputam US$ 22 bi em investimentos da Petrobras

Meta das indústrias do Estado é conquistar 10% do investimento total da petrolífera
Diante do investimento de US$ 224 bilhões anunciado ontem pela Petrobras até 2014, empresas gaúchas afinam seus planos para abocanhar ao menos 10% dos contratos da estatal. Essa é a meta de médio prazo, segundo Marcus Coester, coordenador do comitê de competitividade de petróleo, gás e energia da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs).
Entre as companhias com potencial para abocanhar parte desse gigante pacote de investimentos, o empresário aponta três grupos básicos: as fornecedoras tradicionais da estatal, como Altus e Lupatech, as que migraram de seus ramos originais, como Metasa e Intecnial, e as que ainda estão avaliando como aproveitar o potencial, caso de companhias como Gerdau, Randon, Taurus e Voges (antiga Eberle).
— Há uma série de nomes importantes que estão estudando entrar no segmento — reforça Coester, ele mesmo à frente de uma empresa com 65% dos negócios vinculados à Petrobras.
Segundo Nelson Felizzola, diretor de integração de sistemas da Altus, nos últimos quatro anos, o faturamento saltou de R$ 32 milhões para R$ 82 milhões, em grande parte graças a contratos com a estatal, especialmente para modernizar plataformas já em operação:
— A Petrobras é nossa principal cliente.
Para as que migraram, afirma Coester, foi fundamental a implantação do polo naval de Rio Grande, que teve na montagem da P-53 seu ponto de partida. A confirmação da construção em série de oito cascos, que darão origem a plataformas, permitiu planejar contratos de longo prazo com base em produção no Estado. Desde o final da década de 90, com os primeiros projetos de ampliação da Refap, a indústria gaúcha trabalha para se credenciar como fornecedora da Petrobras.
— O Estado ainda não tem petróleo, mas tem equipamentos para produção e duas grandes vantagens: área disponível em portos e estrutura industrial qualificada — diz Coester.
Estado fornece hoje menos de 2% dos suprimentos diretos
Há duas semanas, a Lupatech, com sede em Caxias do Sul, assinou contratos com a Petrobras no valor de R$ 1,45 bilhão. Sete dias depois, foram outros R$ 123 milhões.
— À medida que os investimentos da Petrobras crescem, empresas que fornecem equipamentos e serviços têm seu mercado ampliado. Como vão aproveitar esse potencial vai depender de capacitação — ensina Thiago Oliveira, diretor de finanças e relação com investidores da empresa, com a autoridade de quem descobriu o caminho das pedras.Apesar do empenho das pioneiras, revela Coester, hoje menos de 2% dos suprimentos diretos da Petrobras é feito por empresas gaúchas. Por isso, admite que a meta de chegar a 10% em cinco anos é “ousada”, mas tem base na tradição industrial do Estado e no planejamento que a exigência de fabricação nacional permite:
— A constância do aumento dos planos de investimento da Petrobras permite às indústrias compreender as oportunidades abertas e que investimentos podem fazer para que Rio Grande seja a hélice desse crescimento. Hélice movimenta, e âncora faz ficar parado.

Fonte: ZERO HORA/Marta Sfredo


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