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Encomendas adensam a cadeia produtiva

De São Paulo - A finlandesa Wärtsilä, que atua há 23 anos no Brasil, está investindo € 20 milhões, para erguer sua primeira fábrica no país. A unidade será instalada no Superporto do Açu, em São João da Barra (RJ), e produzirá, a partir de 2014, geradores de médio porte e propulsores azimutais, que irão equipar nove navios sonda que atuarão na exploração do pré-sal e serão construídos no Brasil pelos estaleiros Ecovix e Jurong Shipyard.

Robson Campos, presidente da subsidiária brasileira, diz que a fábrica inicialmente irá operar com 40% de conteúdo local, devendo chegar a 60% em seis anos. Para atender a Wärtsilä, a suíça ABB instalou uma linha de produção de alternadores elétricos no país.

Com um orçamento de investimentos de US$ 236,7 bilhões entre 2013 e 2017, e uma política de privilegiar fornecedores instalados no Brasil, a Petrobras e suas controladas têm impulsionado a cadeia produtiva de óleo e gás do país, além de gerar oportunidades para empresas dos mais diversos portes e segmentos. A empresa tem cerca de 20 mil fornecedores diretos e calcula-se algo como 250 mil indiretos, como a Wärtsilä e a ABB. Apenas em encomendas no Brasil, a petrolífera soma US$ 225 bilhões entre 2003 e 2013.

Para viabilizar o adensamento de sua cadeia produtiva, a Petrobras tem adotado desde 2003 uma série de ações que vão de linhas de financiamento a parcerias com instituições de apoio ao empreendedorismo, por meio do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). A estratégia adotada para facilitar o crédito aos fornecedores é utilizar os recebíveis dos contratos firmados com a Petrobras para reduzir o risco do crédito bancário e, portanto, seu custo. Isso viabilizou, até maio, 1200 operações de crédito a 495 empresas, num total de R$ 6 bilhões em antecipações de recursos.

Outra iniciativa em curso é a capacitação de pequenas empresas para atender as demandas do setor de óleo e gás. Para isso, a Petrobras fechou em 2004 um acordo com o Sebrae, que termina em 2014. O investimento previsto é de R$ 78 milhões, dos quais 50% da petrolífera e 50% do Sebrae. Até o momento, os técnicos do Sebrae já atenderam a 17 mil empresas. Segundo Luiz Barretto, presidente do Sebrae, são empresas dos mais diferentes perfis, algumas de conteúdo tecnológico, outras puramente comerciais, como papelarias e fornecedores de refeições. "Há até o caso de uma pipoqueira, microempreendedora individual, que forneceu pipoca para realização de testes ambientais no entorno de plataformas", conta o executivo.

Pesquisa realizada pelo Sebrae aponta que entre 2009 e 2012, as empresas que participaram do programa aumentaram em 16% seu faturamento e em 25% o número de trabalhadores contratados. O número de pequenas empresas cadastradas como candidatas a fornecedoras da Petrobras aumentou em 86%. (DZ)

Fonte: Valor Econômico/






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