A Enseada Indústria Naval estuda a venda de alguns equipamentos adquiridos para a implantação de seu estaleiro localizado em Maragojipe, na Bahia. De acordo com a empresa, são itens 'não estratégicos' que, provavelmente, não serão usados no curto e médio prazos, em função de readequação do mercado de óleo e gás no Brasil e no exterior.
Procurada pela Portos e Navios, a companhia esclarece que não está desmobilizando ativos. A Enseada informa ainda que, tendo em vista a manutenção da inadimplência contratual pelo seu cliente Sete Brasil, a empresa está com suas atividades na Bahia temporariamente paralisadas. A dívida acumulada, segundo a Enseada, já ultrapassou R$ 1,8 bilhão.
O estaleiro implantado pela Enseada na Bahia segue com 82% das obras concluídas. Sobre as encomendas em carteira, a Enseada afirma que possui contratos em vigor e espera, o mais rápido possível, a retomada de pagamento por parte de seu cliente para poder prosseguir com a implantação do estaleiro e dar continuidade à fabricação das sondas de perfuração para exploração do pré-sal.
O ápice de força de trabalho ocorreu em novembro de 2014, quando as duas unidades com operações da Enseada somavam mão de obra de 14.218 trabalhadores. Porém, em 31 de dezembro de 2015, a empresa contava com total de 2.876 integrantes, sendo 2.728 no Rio de Janeiro e 148 na Bahia, abaixo do planejado pela empresa antes da crise da indústria naval brasileira.
Questionada sobre as atividades no estaleiro Inhaúma (RJ), a empresa informa que, por conta de limitação contratual, está impossibilitada de fornecer detalhes do seu contrato com a Petrobras para conversão dos quatro cascos dos navios VLCCs em FPSOs, que está em execução na unidade.
Por Danilo Oliveira
(Da Redação)
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