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Estabilidade de regras é o centro para viabilizar projetos de O&G, defende Equinor

A Equinor acredita que a estabilidade de regras é o ponto central para viabilizar projetos e novos investimentos no setor de petróleo e gás no Brasil. A vice-presidente sênior da Equinor, Verônica Coelho, disse nesta quarta-feira (5), no Rio de Janeiro, que o desafio das petroleiras no Brasil é conseguir desenvolver propostas de negócios competitivas para obterem preferência de suas matrizes. Por conta dos riscos para os investidores e do longo prazo de maturação, os projetos no Brasil precisam ser melhores do que os de outros mercados mundiais.

“Todas nossas propostas de investimentos competem pelos recursos em bases mundiais. Temos que garantir que vamos conseguir desenvolver as propostas competitivas para ganhar essa corrida e emplacar esses investimentos”, disse Veronica, durante o seminário Desafios e oportunidades para o mercado de petróleo e gás, promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).


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Na ocasião, a executiva destacou que as mudanças regulatórias promovidas recentemente no mercado de óleo e gás se refletiram positivamente no resultado dos últimos leilões de novos campos. Presente em mais de 30 países, a Equinor está há 17 anos no Brasil. A empresa estima já ter investido mais de US$ 10 bilhões no país e pago mais de US$ 1 bilhão em tributos. A empresa norueguesa tem projetos em fase de desenvolvimento nos campos de Carcará, na Bacia de Santos, e Peregrino, na Bacia de Campos.

A meta é que a produção de óleo em Carcará tenha início entre 2023 e 2024. A empresa, que já obteve licença ambiental, partirá para perfurações no Norte desse campo, onde poderão ser construídos até cinco poços. Verônica revelou que a área tem reservas de petróleo interessantes e muita reserva de gás natural. "Junto com Norte de Carcará teremos dois milhões de barris de óleo equivalente. O ativo vai aumentar a produção Equinor substancialmente", adiantou. 

A Equinor avalia que a indústria de O&G no mundo ainda está em recuperação em razão da queda brusca no preço da commodity. Verônica contou que as operadoras já estavam apertadas em 2014, mesmo com barril a US$ 100, e tiveram que se adaptar. Ela destacou que a empresa trabalha continuamente em Peregrino para garantir produção, já tendo reduzido mais de 30% dos custos totais do campo nos últimos quatro anos. Lá foram adotadas práticas para aumento do fator de recuperação. A Equinor tem 70% desse campo, em parceria com Sinopec. “Perfuramos mais de 45 poços e continuamos perfurando continuamente para maximizar operação dos reservatórios e a vida útil desse campo”, explicou. 

Uma plataforma que está em construção será trazida para o Brasil no final de 2019 e deve começar a ser instalada até o início de 2020, na parte sul do campo de Peregrino. A expectativa da Equinor é começar a produzir esta segunda etapa do campo ainda em 2020. A plataforma terá capacidade de processamento de 60 mil barris/dia. Com a nova unidade, a empresa deve acrescentar 270 milhões de barris de volumes recuperáveis ao campo.

No final de 2017, a Equinor e a Petrobras firmaram parceria para aquisição de 25% do campo de Roncador pela empresa norueguesa. Localizado na Bacia de Campos, ele é uma das maiores descobertas da Petrobras na década de 1990, com produção de 240 mil boe/dia. A meta é aumentar o fator de recuperação desse campo para agregar em torno de 500 mil barris recuperáveis. No horizonte até 2030, a Equinor pretende aumentar a capacidade diária de produção, que atualmente é de 100 mil barris, para até 500 mil barris/dia, somando atividades em Peregrino e Roncador.

Conteúdo local - Verônica avaliou que os fornecedores devem ter a ambição de serem competitivos suficientemente para participar de projetos em qualquer lugar do mundo. A executiva disse que nenhuma empresa vai buscar itens fora do país se houver localmente fornecedores competitivos e entregando produtos competitivos. “É importante para os fornecedores, de forma geral, ter ambição de  participar de projetos fora do Brasil também. Já vimos que isso é possível. A Equinor tem vindo ao Brasil comprar equipamentos e produtos para aplicar em projetos importantes no Mar do Norte, quando fornecedores do Brasil são mais competitivos”, afirmou.

 

Por Danilo Oliveira
(Da Redação)

 






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