RECIFE - O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, registrou prejuízo líquido de R$ 379,24 milhões em 2015, com aumento de 15% frente ao ano anterior, informou a companhia nesta quinta-feira. No mesmo período de comparação, a receita líquida da empresa, controlada pelos grupos Queiroz Galvão e Camargo Correa, caiu mais 68,5%, para R$ 599 milhões.
Diante do resultado, os acionistas da companhia aprovaram um aumento de capital de R$ 380 milhões para cobertura do capital circulante negativo, com emissão de novas ações, neste ano.
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A situação do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que nunca deu lucro desde sua fundação, em 2005, piorou no ano passado com o cancelamento do contrato de construção de sete navios-sonda com a Sete Brasil. Em 2016, houve redução das encomendas da Transpetro.
Segundo a empresa, um plano de enxugamento de pessoal e de reestruturação gerencial foi colocado em prática. As áreas de suporte e produção tiveram seus efetivos ajustados em mais de 50%, disse a companhia no seu relatório de desempenho. Além disso, houve uma eliminação “significativa” no número de diretorias, gerências, coordenações e supervisões e o fechamento do escritório central — mantendo-se apenas o escritório de operações.
Ao fim do ano passado, a empresa tinha dívida total de R$ 2,1 bilhões e apenas R$ 141,22 milhões em caixa. O patrimônio líquido era de R$ 45 milhões.
Fonte: Valor Econômico/Marina Falcão