Previsão é que até julho o projeto que vai gerar mais de 10 mil empregos saia do papel
Após quase dois anos de espera, a polêmica envolvendo a instalação do Estaleiro Eisa, em Coruripe litoral sul de Alagoas, pode estar com os seus dias contados. Segundo o ex-deputado federal João Caldas, o empresário German Efromovich, CEO do Grupo Synergy - responsável pelo Eisa, aguarda apenas licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para dar início as obras. A previsão é que a decisão saia até julho.
Com a vinda do estaleiro, serão gerados cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos. A mega indústria naval, orçada em investimentos que chegam a 1,5 bilhão de reais será o maior empreendimento da história de Alagoas. Apesar do empenho por parte de alguns setores, ainda há muitas discussões e o impasse continua. Mas Caldas garante que o Grupo Synergy não mediu esforços para cumprir todas as condicionantes indicadas pelos órgãos ambientais. Inclusive, investiumais de 1 milhão de reais apenas na contratação de empresas especializadas em estudos de imapcto ambienta, envolvendo uma equipe multidisciplinar, entre biólogos, geó-logos, engenheiros civis e sanitaristas.
Desde o início das negociações, a instalação do Eisa em Alagoas conta com o empenho de João Caldas. “Como cidadão e político me preocupo com o crescimento do Estado”, diz Caldas, que na última eleição teve 52 mil votos. Caldas intermediou a vinda do industrial German Efromovich, e os encontros com o governador Téo Vilela. "Só existe esse embate em Alagoas. No período eleitoral deram um nó e agora tá difícil de desatar. Mas estamos otimistas, pois sentimos boa vontade do Ibama em resolver a situação", ponderou Caldas.
Para ele, por se tratar de uma cadeia produtiva, com a instalação do estaleiro, Alagoas passará por uma mudança radical. É que além dos empregos diretos vai atrair hotéis, pousadas, duplicação de rodovias, gerar impostos, intercâmbio cultural, entre outros benefícios. O ex-deputado explica ainda que é preciso entender o estaleiro não apenas como indústria naval, mas como empresa que vai transformar o perfil sócio-econômico-cultural do Estado.
A escolha por Alagoas não foi à-toa. Graças a privilegiada posição geográfica do Estado, o empreendimento facilitará o reparo em navios tanto do Oeste da África, como do Golfo do México. Caldas esclarece que o Eisa é uma indústria que não polui e que não haverá qualquer impacto ambiental. "Vai ser a redenção de Alagoas. Na costa brasileira não se faz estaleiro em qualquer lugar, e Coruripe foi o local encontrado e isso já vale ouro", comparou.
Entre as atividades previstas para serem realizadas no estaleiro Eisa Alagoas, pode-se destacar a fabricação e reparos de máquinas, equipamentos, estruturas de aço, peças, partes e componentes de uso naval; fabricação de máquinas e equipamentos de uso industrial; exportação e importação de serviços de engenharia; projetos de montagens industriais; desmontagem de embarcação e armação em Coruripe. Seu negócio maior, no entanto, será a construção de plataformas para a Petrobras.
Fonte: Extra Alagoas/Maria Salésia
PUBLICIDADE