Segundo ex-deputado, sociedade deve reagir ao 'boicote' contra a instalação do Eisa em Alagoas
Foi com surpresa e indignação que o ex-deputado federal João Caldas recebeu a notícia de que por conta da falta de um licenciamento ambiental não emitido pelo IBAMA, o Estaleiro Eisa, em Alagoas, ficou de fora da licitação da Petrobras, que previa a aquisição de 28 sondas de perfuração de petróleo em águas profundas.
Os investimentos giram em torno de US$ 30 bilhões, e a emissão deste documento é indispensável para que o estaleiro continuasse no processo licitatório, que entra nesta quarta-feira (17) em sua reta final. O Eisa Alagoas foi o único entre os sete concorrentes a ser excluído.
“Esse é um exemplo vergonhoso. Lamentável vermos a omissão e falta de posicionamento da bancada federal alagoana. Tudo isso está acontecendo devido a interesses de muitos políticos e empresários”, desabafou.
João Caldas lembrou que o estaleiro Eisa sempre foi alvo de ataques, principalmente do ex-candidato Ronaldo Lessa, e acredita que pode estar ocorrendo um ‘boicote’ para que a indústria naval não ganhe espaço em Alagoas.
“É uma guerra suja. A população tem que ficar indignada e reagir. Durante a campanha, muitos políticos fizeram fotos ao lado de Lula, da Dilma, mas agora, queremos ver como eles podem influenciar ou intervir junto ao presidente em Brasília. Só ele pode fazer algo pelo nosso Estado”, colocou Caldas.
João Caldas explicou que Alagoas continua sendo um estado que depende, ainda, da economia gerada em torno da cana-de-açúcar, mas que com o passar dos anos, esta fonte de riqueza poderá se ‘atrofiar’ e os governos deverão buscar novas formas de geração de renda, para assim, dar uma ‘boom’ no crescimento econômico.
“Temos vários exemplos de estados brasileiros que investiram na indústria naval. O Rio de Janeiro é um deles. Começou a se desenvolver com as ferrovias e hoje é a segunda indústria no país”, disse referindo-se ao estaleiro Mauá.
O ex-deputado finalizou dizendo que é necessária uma reação da sociedade. “O futuro de Alagoas está em jogo. Não temos muitas opções e essa está escapulindo pelas mãos”.
Fonte: Conexão Penedo/Anna Cláudia Almeida
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