Para Federação das Indústrias do Rio (Firjan), estado seria líder natural do “novo ciclo” de oportunidades para a indústria do petróleo em todo país, por isso preocupação com situação do Repetro
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou na última quinta-feira, 29 de março, uma nota comemorando o resultado da 15ª Rodada de Licitações de blocos exploratórios de óleo e gás, que arrecadou mais de 8 bilhões de reais com a venda de 22 blocos marítimos.
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Segundo a Firjan, a 15ª Rodada de Licitações, no modelo de concessão, realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), marca a continuidade dos leilões para o mercado de petróleo e gás no Brasil.
“Na avaliação do Sistema Firjan, a realização das rodadas possibilita previsibilidade e planejamento, essenciais para que essa indústria possa alcançar suas metas de produção atreladas à criação de escala necessária para dinamizar e permitir maior participação da nossa indústria. As expectativas para o mercado de petróleo e gás são de retomada com o início de novos ciclos de exploração, que contribuirão para a produção futura e potencialmente agregação de valor. O Rio de Janeiro permanece protagonista e tem mais uma chance de construir um futuro melhor para sua população, permanecendo como maior produtor de óleo no Brasil”, comentou a Federação.
A citação do Estado do Rio se deve, em grande parte, à participação da Bacia de Campos no resultado dos leilões. A bacia fluminense arrecadou sozinha mais de 7,5 bilhões de reais com o bônus de assinatura de 9 blocos, sendo o mais valioso deles arrematado em R$ 2.824.800.000,00.
A Firjan destacou ainda a importância da inserção da indústria nacional nos investimentos de petróleo e gás, multiplicando os efeitos positivos na economia do estado, hoje tão combalida.
“Por isso, a regularidade dos leilões, planejamento e previsibilidade são tão fundamentais para construção de um novo ciclo de crescimento”, avaliou.
A nota lembrou ainda a tramitação de projeto de lei de autoria do presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), que revisa o Repetro no estado.
“Além disso, o Estado do Rio não tem o direito de restringir os benefícios fiscais estaduais no âmbito do novo Repetro, que ampliou o número de empresas nacionais beneficiadas. A não adesão do estado significa dizer não aos investimentos das oil companies e, por consequência, impactando a geração de empregos e rendas, ao tornar os campos confrontantes a outros estados mais atrativos”, disse a Firjan.
A Federação ressaltou também a importância do Rio para o setor, recordando ainda que, como fruto das rodadas anteriores, dos 18 sistemas de produção previstos para iniciar as operações no Brasil até 2022, 16 serão instalados em águas fluminenses.
“Por isso, é fundamental estimular o sucesso das Rodadas e nada mais natural que o Rio lidere um novo ciclo de oportunidades para o Brasil”, concluiu a nota.
Fonte: click diário