os indicadores da Petrobras foram impactados negativamente pela necessidade crescente de importar combustíveis, diz a Fitch.

A Fitch reafirmou as notas de crédito da Petrobras e suas subsidiárias, mas destacou as elevadas necessidades de financiamento da empresa frente a seu programa de investimentos para exploração do pré-sal.

A nota de longo prazo em moeda nacional e estrangeira foi mantida em "BBB", e a avaliação nacional de longo prazo ficou em "AAA (bra)". A perspectiva é "estável".

Segundo a agência de classificação de risco, a avaliação está apoiada na liderança da empresa no mercado doméstico, sua especialidade em exploração e produção em alto mar, bem como sua importância estratégica para o Brasil.

Em contrapartida, a Fitch ressaltou que a empresa é afetada por seu programa agressivo de investimentos, por interferências políticas e por sua vulnerabilidade a flutuações nos preços de commodities.

"Os indicadores de crédito da Petrobras devem se deteriorar nos próximos três anos, com seu agressivo programa de gastos de capital, em combinação com seu atual déficit comercial", diz a nota da Fitch.

A agência destaca que a estatal precisa de uma quantia superior a US$ 12 bilhões por ano em financiamentos, para levar a cabo seu plano de negócios atual. As estimativas da Fitch consideram o preço do barril em US$ 100 no ano de 2013, US$ 92 em 2014, US$ 85 em 2015 e US$ 75 no longo prazo.

"Em 2012, os indicadores da Petrobras foram impactados negativamente pela necessidade crescente de importar produtos refinados, vendidos a preços inferiores aos praticados internacionalmente, o que aumentou a necessidade de financiamento da estatal", disse a Fitch.

A agência destacou que um eventual rebaixamento da Petrobras seria ligado à avaliação do crédito soberano do Brasil.
fONTE:Brasil Econômico

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