As principais fornecedoras da Petrobras e de petrolíferas estrangeiras se instalaram na Baixada Santista principalmente nos últimos dois anos, vislumbrando a exploração do pré-sal. Foi um movimento que não poderia ser melhor sintetizado do que na frase do executivo Paulo Pacheco: "A Schlumberger está onde seus clientes estão", diz o gerente de contas da empresa americana para Santos, Vitória e Itajaí. Recém-chegadas, algumas companhias - quase todas multinacionais - já anteveem a necessidade de expansão, no rastro da ampliação das atividades da Petrobras.
Hoje, a fatia da Bacia de Santos no universo de negócios da Baker Hughes no Brasil é de cerca de 15%. Nos próximos cinco anos representará entre 30% e 40%. A empresa dá suporte técnico aos serviços de perfuração, avaliação de formações e geofísica, entre outros. "Expandiremos nossa estrutura de suporte técnico e logística na mesma proporção da demanda dos nossos clientes", afirma o vice-presidente da Baker Hughes para o Geomercado do Brasil, Maurício Figueiredo. Além dos projetos já desenvolvidos, a empresa trabalha atualmente em tecnologias especificamente para atender os projetos do pré-sal.
A gigante Halliburton está presente no Brasil há 53 anos, em todas as grandes bacias de óleo e gás do país. No total, emprega mais de 1.600 funcionários distribuídos entre as bases operacionais e escritórios no Rio de Janeiro, Macaé (RJ) Salvador, Catú (BA), Natal, Mossoró (RN) e no Estado de Sergipe. Inaugurou o escritório em Santos há dois anos. "Estamos seguindo a tendência do mercado, ou seja, hoje nós estamos trabalhando mais nos poços do pós sal, porque são a grande maioria. Porém, a expectativa é que este cenário irá trocando passo a passo (com maior fatia no pré-sal)", diz o gerente de contas da Halliburton para a Bacia de Santos e Pré-Sal, Maurício Alves. Entre os principais serviços e tecnologias que a multinacional americana fornece à Petrobras estão: cimentação, completação de poços, perfuração direcional, software e consulting.
Especializada na área de engenharia, fabricação e montagem de estruturas metálicas, a IESA Óleo & Gás inaugurou uma base de apoio em São Vicente (SP), município vizinho a Santos, no segundo semestre de 2010. A unidade deve faturar R$ 40 milhões neste ano. A empresa está instalada em um canteiro com área de 30 mil metros quadrados e conta com espaço de estocagem coberto de 400 metros quadrados. O escopo do contrato com a Petrobras - cujo prazo é de 60 meses prorrogáveis pelo mesmo período - compreende a manutenção e modernização de plataformas de produção e da Unidade de Tratamento de Gás em Caraguatatuba (UTGCA). "Contratamos aproximadamente 150 funcionários em várias locais. Com a materialização dos projetos do pré-sal, estimamos que a partir de 2013 tenhamos um crescimento acelerado na região, podendo até 2015 chegarmos a 500 empregos", afirma o diretor comercial, Augusto Cesar Abreu Neto.
Segundo ele, a IESA também pretende prestar serviços às empresas da região, incluindo o polo petroquímico de Cubatão, a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), e ainda atividades relacionadas ao porto de Santos. (Fonte: Valor Econômico/FP/Para o Valor, de Santos)
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