RIO - Empresas participantes do Programa Empresas Brasileiras de Navegação, que visa construir navios a serem afretados pela Petrobras, já procuram alternativas de financiamento ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) devido ao adiamento das reuniões de análise de projetos. Em função da demora, cogita-se abrir espaço para fundos de investimento. O FMM concede recursos para o setor naval no país.
Os cortes no Orçamento levaram ao adiamento da reunião do fundo marcada para o dia 24, quando deveriam ser analisados cerca de 160 projetos. A expectativa é que a presidente Dilma Rousseff esteja esperando o melhor momento para liberar R$ 8 bilhões que seriam utilizados no financiamento de novas obras. A estimativa é que a reunião ocorra entre o Carnaval e a Semana Santa.
De acordo com o gerente-geral de Transporte Marítimo, Rogério Fernandes Figueiró, já há diversos projetos afetados pela demora. "Tanto no EBN 1 como no EBN 2, o aspecto financiamento do projeto está um pouco impactado em alguns casos, com algumas empresas aguardando a reunião do conselho do Fundo da Marinha Mercante", disse.
Segundo o gerente-geral, os pedidos de financiamento já foram colocados no conselho do fundo e já foram priorizados. Faltaria apenas acontecer a reunião do fundo para que essa etapa seja concluída.
"Mas algumas empresas têm apresentado para nós, inclusive, alternativas de financiamento caso alguma coisa aconteça com o FMM, por exemplo algum atraso maior, algum contingenciamento. Ser alguma dificuldade surgir nesse cenário, essas empresas já teriam um plano B, ou seja, fundos de financiamento interessados em participar", disse.
(Fonte: Valor Online/Juliana Ennes)
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