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Gabrielli, da Petrobras, defende pré-sal sustentável

Desenvolver o capital humano nas áreas próximas às regiões onde se explora as camadas do pré-sal no Brasil. Ao mesmo tempo, manter um rígido controle sobre eventuais efeitos dessa exploração no meio ambiente. É dessa forma que a Petrobras acredita que é possível criar uma nova economia do pré-sal no Brasil e, ao mesmo tempo, proteger os ideais de sustentabilidade ambiental, como afirmou na noite de anteontem o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, durante sua participação na Conferência do Instituto Ethos, em São Paulo. "Grande parte da riqueza petrolífera será direcionada para a sociedade brasileira e para as futuras gerações", disse.
O projeto do pré-sal inclui a criação dos fundos de compensação para cada uma das regiões da rota de exploração. Essa rota compreende regiões entre Santa Catarina e Espírito Santo. Para garantir a sustentabilidade da região, os royalties farão parte de um fundo específico que criará alternativas econômicas para quando a produção da região se esgotar, segundo Gabrielli. "Depois do esgotamento da jazida, as próximas gerações terão como sobreviver sem a dependência do petróleo".
No plano de negócios da Petrobras para os próximos cinco anos está previsto o aumento da oferta de combustíveis menos intensivos em carbono - como gás natural e fontes de energia renováveis. A previsão do investimento é de US$ 2,8 bilhões em biocombustíveis - US$ 2,4 bilhões para a produção de etanol e biodiesel e os outros US$ 400 milhões para a implantação de alcooldutos.
Até 2013, a Petrobras planeja produzir 25% do biodiesel e 10% do etanol da demanda nacional.
Em relação aos desastres ambientais, Gabrielli revelou uma máxima que circula na empresa: "Em caso de dúvida, não prossiga". Além de uma ordem, a expressão está incluída em todos os programas de prevenção de acidentes nas plataformas.
Parece estar dando certo. Nos últimos dez anos, segundo Gabrielli, as ações intensivas na área reduziram as taxas de acidentes fatais em 94% -- de 13,8 em 2000 para 0,81 em 2009. A taxa de acidentados com quadro de afastamento do trabalho também diminuiu de 3,6 para 0,49 - queda de 86%.
Embora ainda não haja estudos sobre a concentração de gás carbônico na camada do pré-sal, Gabrielli deixou claro que a companhia se compromete a não liberar para a atmosfera esse gás associado ao gás natural. Para justificar, ele lembrou que o petróleo de águas profundas "é leve e de boa qualidade", o que exigirá um menor consumo de energia no processo de refino em relação ao processo utilizado no petróleo mais pesado.
Com o objetivo de minimizar a intensidade da emissão dos gases estufa, a Petrobras conta com o Programa Tecnológico de Mudanças Climáticas em seu centro de pesquisas. A nova tecnologia, segundo Gabrielli, aumenta a eficiência energética, contribui com a mitigação da mudança do clima e com a sustentabilidade do negócio.

Fonte: Valor Econômico, de São Paulo



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