RIO DE JANEIRO (Folhapress) - O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que a companhia não passa por problemas de caixa. Segundo o executivo, a capitalização servirá para reduzir o endividamento da companhia, que já representa 34% do patrimônio líquido. A estatal tem como meta manter o nível de endividamento entre 25% e 35%. “O problema da capitalização não é necessidade de dinheiro para atender necessidade de caixa no curto prazo. A capitalização é a melhoria de estrutura de capital da empresa para que ela possa aumentar a dívida”, declarou, citando que a Petrobras tem R$ 24 bilhões disponíveis.
De acordo com o último balanço, divulgado na última sexta-feira, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 16 bilhões no primeiro semestre deste ano, alta de 11% frente ao montante observado entre janeiro e junho de 2009. Considerando apenas o segundo trimestre, os ganhos foram de R$ 8,3 bilhões, com incremento de 7% em relação ao primeiro trimestre. Sobre a postergação da capitalização, Gabrielli evitou o assunto, e se limitou a dizer que não trabalha com a hipótese. A Petrobras estipulou setembro como limite para iniciar o processo.
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Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia a possibilidade de adiar a capitalização da Petrobras para depois do resultado final da eleição presidencial. Questionado sobre a influência de turbulências em alguns mercados, Gabrielli disse que o cenário mundial não apresenta qualquer empecilho para o processo. “Nem melhorou, nem piorou, é um mercado que tem liquidez para projetos bons”, observou. O presidente da Petrobras minimizou a interdição da plataforma P-33 por determinação da ANP (Agência Nacional do Petróleo). O executivo disse garantir que não há risco à integridade física da estrutura e dos trabalhadores na unidade.
Fonte: Folha de Pernambuco