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Gabrielli nega que Tupi tenha sido antecipado por razões eleitorais

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, tentou dissociar motivações eleitorais a anúncios feitos ontem de que a operação comercial do pré-sal do campo de Tupi, na Bacia de Santos, terá início ainda neste mês. O projeto-piloto prevê potencial de produção de 100 mil barris de óleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

"Primeiro, essa data de outubro está definida há mais de um ano, quando anunciamos o começo da atividade. Segundo, estamos com o FPSO (plataforma flutuante) que chegou no dia 22 de setembro e, terceiro, se fosse eleitoral, seria provavelmente mais antecipado. Ele (sic) está sendo antecipado por razões técnicas e econômicas", afirmou. O aluguel diário de uma embarcação FPSO gira em torno de US$ 370 mil. "Significa US$ 1 milhão em três dias. Portanto, quanto mais cedo entrar em produção, mais econômico se torna", disse Gabrielli, durante coletiva na abertura da feira Santos Offshore, que ocorre até sexta, dia 22, em Santos (litoral de São Paulo).

Até o fim de novembro, a Petrobras adiantou ainda que terá início o Teste de Longa Duração (TLD) no campo de Guará, cuja capacidade de produção está limitada em 14 mil barris por dia. E estima que no primeiro trimestre de 2011 o escoamento do gás da plataforma de Mexilhão já esteja em operação, com a perspectiva do fim das obras do gasoduto paulista Caraguatatuba-Taubaté (Gastau).

Ao voltar ser questionado como avaliava que os acionistas minoritários da Petrobras poderiam enxergar o engajamento político na campanha eleitoral, Gabrielli lembrou o processo de capitalização da Petrobras, cuja demanda foi muito superior à oferta: " O fato concreto que posso considerar que seja a manifestação do acionista da Petrobras, longe de ser contrário, é favorável à companhia, porque a demanda foi muito grande. Não teve para quem quis. Isso (correlação política) são opiniões dos editores dos jornais. Eles têm o direito de ter a opinião deles, mas quero ter as minhas também".

Em relação a recentes manifestações feitas pelo candidato à presidência José Serra (PSDB) de que o aumento dos preços das ações da Petrobras estava relacionado à subida dele nas pesquisas de intenção voto, Gabrielli destacou que se houvesse essa correlação, a cotação dos papéis da empresa petrolífera teria caído. "E parece que não", numa aparente referência à pesquisa Vox Populi divulgada ontem pelo portal IG dando conta de que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece com 51% das intenções de voto, ante 39% de Serra.

Sobre o fato de Serra ter defendido o fortalecimento da Petrobras, o executivo afirmou: "Acho que é um tema relevante para todos os candidatos porque a Petrobras tem um papel extremamente importante para o futuro do país".

Dos US$ 224 bilhões previstos no plano de investimento da petrolífera de hoje até 2014, cerca de US$ 33 bilhões serão destinados à camada pré-sal, a maior parte na Bacia de Santos. Segundo o gerente geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Santos da Petrobras, José Luiz Marcusso, a Bacia de Santos está hoje com investimentos que variam na faixa de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões por ano.

Depois da capitalização, a taxa de alavancagem da Petrobras caiu para 18%, ante 34% "É uma situação extremamente confortável em termos de capacidade de buscar recursos via dívida", disse Gabrielli. Até 2014, a empresa precisa levantar US$ 262 bilhões (somados os US$ 224 bilhões de investimentos mais os US$ 38 bilhões de dívida que vencem até lá). Se o preço do barril ficar próximo a US$ 80, a companhia estima ter uma geração operacional de caixa para o período, depois de pagar os dividendos, de US$ 155 bilhões.
Fonte: valor Econômico/Fernanda Pires | De Santos






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