A necessidade do fortalecimento da cadeia de fornecedores da indústria naval foi um dos pontos abordados pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, no I Fórum Conteúdo Local, realizado nesta sexta-feira (05/08), no Hotel JW Marriott, no Rio de Janeiro. Também participaram do evento, entre outras autoridades, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o secretário de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, Júlio Bueno.
“Em 2008 tínhamos de duas a três sondas com capacidade de perfurar a mais de 2 mil metros. Em 2010, já eram 15 sondas. Em 2013, teremos 39 sondas com essa capacidade. Caminhamos para um novo tipo de demanda, uma demanda tecnológica. Precisamos especializar as sondas, uma vez que pretendemos perfurar mais de mil poços,” explicou o presidente Gabrielli.
O crescimento da demanda por derivados de petróleo no Brasil e a posição do país como principal explorador em águas profundas também foram citados pelo presidente da Petrobras como características da mudança pela qual o mundo vem passando. “O Brasil é responsável por cerca de 2/3 da exploração em águas profundas. Apenas quatro países (Estados Unidos, China, Índia e Japão) têm um consumo maior que o Brasil.”
O diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, participou do painel “Oportunidades e desafios”, e reafirmou a importância dos projetos da Petrobras na exploração e produção do pré-sal, assegurando a grande demanda por produtos e serviços do setor. “Estamos aqui hoje porque temos mercado. Não há chances de o programa ser paralisado. Os programas na indústria do petróleo são de grande duração”, disse. O executivo lembrou que a priorização ao conteúdo nacional não é novidade, já que o mesmo foi feito nas décadas de 1970 e 80 no Mar do Norte, por Reino Unido e Noruega, e também no Golfo do México, através de ação governamental.
“Foi correta a decisão de fazer as coisas aqui”, completou. Costa frisou ainda a necessidade de qualificação de mão de obra e deu o exemplo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), que já formou 78 mil profissionais, e formará mais 28 mil com o 5º ciclo, que começa este mês. “Até 2013, serão 230 mil pessoas qualificadas”, afirmou.
(Fonte: Agência Petrobras)
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