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Gargalo persistente

Aumenta o número de empregos nos estaleiros, mas mão de obra ainda é um dos principais desafios do setor

Dados mais recentes divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Construção Naval e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) apontam um aumento de cerca de nove mil empregos em estaleiros no primeiro trimestre do ano se comparado com os 62 mil registrados no final do ano passado. Os empregos gerados nos estaleiros atualmente somam 70.921 pessoas. O Sudeste lidera o ranking, com 42,44% do total, seguido pela Região Sul, com 31,77%, pela Região Norte com 14,46% e pelo Nordeste com 11,43%. Se aumenta o contingente trabalhando nas obras, a falta de mão de obra ainda é um dos principais desafios do setor. Mas como minimizar esse gargalo?

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Para o presidente da Câmara Setorial de Equipamentos Navais e de Offshore (CSEN) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cesar Prata, a escassez de mão de obra tem relação direta com o baixo investimento em educação no país nos últimos anos.  O executivo acredita que a iniciativa imediata para minimizar o problema é a invasão de mão de obra estrangeira. “As soluções definitivas passam por planejamento em educação e formação técnica, o que não vejo chances de ocorrer em gestões preocupadas com eleições”, diz.
Segundo os especialistas do setor, falta mão de obra em todos os níveis. O presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, aponta que profissionais de nível técnico são os mais escassos. “A mão de obra sempre continua sendo um ponto de atenção. Todos têm tido sucesso no treinamento da mão de obra direta. Os estaleiros pensam em escolas, treinam seu pessoal, é um processo que dá certo. É possível formar soldador em seis meses, bombeiro em um ano, mas técnico leva de três a cinco anos para treinar”, compara Mendonça.
O professor e doutor em Engenharia Oceânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Floriano Pires, diz que, apesar de não se ter mão de obra disponível para atender à demanda, esse é um problema conjuntural e não estrutural. “Não é um problema permanente do Brasil, é um problema próprio da expansão. A indústria brasileira cresceu rápido, naturalmente gera esses gargalos, mas tem tudo para se estabilizar e tornar satisfatória essa questão”, destaca. A opinião é compartilhada pelo diretor da Seamate Consultoria, Jorge Gonçalves. Para o engenheiro naval e mestre em Economia, o problema também tem se repetido fora do país. “É um problema não só brasileiro, mas também global. O país passou um tempo sem crescer e na hora que temos um crescimento, sofremos um pouco.”
Para o sócio administrador da Verax Consultoria, Emerson Colin, a escassez de mão de obra está relacionada aos salários. “Essa falta talvez seja um desvio salarial ou políticas bobas, como transformar cortador de cana em soldador. Os empresários instalam estaleiro onde existem subsídios e depois não encontram mão de obra. Claro que alguma coisa não vai ter, visto que ele ganhou tudo. Não existe política de transição de como sair do subsídio para sustentabilidade ou perenidade industrial”, lamenta o executivo.
Construção de escolas pelos estaleiros e iniciativas governamentais, como o Prominp, têm sido algumas das alternativas utilizadas para diminuir a escassez. Pires destaca que essas medidas são eficazes para atender às demandas de curto prazo, mas não são suficientes para garantir sustentabilidade dos estaleiros a longo prazo. É preciso, segundo ele, que haja um forte investimento na criação de escolas técnicas e especializadas em construção naval. As poucas que existem devem ser ampliadas.
Outros desafios a serem superados também já são conhecidos dos envolvidos nos setores naval e offshore. No setor de máquinas, Prata, da Abimaq, observa gargalos globais e setoriais. Entre esses, o executivo destaca o baixo conteúdo local nos projetos em execução, o que garantiria a participação da indústria nacional. Os regimes tributários como o REB e Repetro, na avaliação do presidente da CSEN, estimulam as importações e não protegem a indústria brasileira. Ele cita ainda as dificuldades financeiras da Petrobras, que se propagam por toda a cadeia, os atrasos na implantação de novos estaleiros e a baixa participação da engenharia naval nacional.
Os desafios globais a serem superados citados pelo executivo são a sobra de capacidade produtiva nas indústrias europeias, que acabam ofertando produtos ao nosso mercado por valores mais baixos, inclusive com subsídios de seus países de origem, e o excesso de navios no mundo. “Estes excedentes são tentação forte sobre armadores e operadoras de petróleo locais que, em nome da eterna desculpa dos prazos, acabarão justificando mais importações de cascos e barcos completos”, declara.

Tecnologia de processo nos estaleiros também é uma necessidade a ser sanada, na avaliação de Pires, da UFRJ. O professor destaca que os estaleiros brasileiros precisam de mais engenharia devido à complexidade dos processos atuais e à sofisticação das plantas. “É preciso ter mais investimento em qualificação tecnológica dos estaleiros. Esse esforço tem que ser empreendido e isso não se resolve de uma hora para outra”, comenta.
Com esse objetivo de aumentar a produtividade dos estaleiros é que a Abenav está coordenando um plano de ação. A ideia é que eles ganhem competitividade através do aprimoramento da articulação da cadeia de fornecimento para os mercados de plataformas e embarcações especializadas. Isto quer dizer que os fornecedores devem se organizar para oferecer soluções completas para os estaleiros, provendo subsistemas e pacotes de equipamentos para a construção, montagem e integração de módulos, assim como acontece no setor automotivo. Além da Abenav, participam da equipe executora Abimaq, ABDI, BNDES, CNI, MDIC, Onip, Petrobras e Sinaval.
O primeiro projeto buscará fornecedores para embarcações de apoio. Para este tipo de navio foram escolhidos, pelo sentido econômico ou de relevância pela interface ou ainda pela dificuldade de montagem no estaleiro, quatro setores de atuação: Geração de Energia, Superestrutura e Acomodação, Tubulação e Sistemas Elétricos, Navegação e Automação. A ideia é fornecer o sistema pronto ao estaleiro para reduzir o seu custo e risco. “A competitividade dos estaleiros é uma preocupação permanente nossa, e é o nosso objetivo garantir que os estaleiros sejam cada vez mais competitivos no futuro. Acredito que o Brasil será inclusive um benchmark internacional na área de construção offshore daqui a alguns anos”, palpita Mendonça, da Abenav.
Para cada um dos quatro setores, foram escolhidos alguns fornecedores. WEG e Rolls Royce no caso de geração de energia; Metasa e Dânica em superestrutura e acomodação, Tubos Ipiranga, para Tubulações e Vard Electro para Sistemas Elétricos, Navegação e Automação. As empresas foram convidadas a se apresentar à equipe executora para mostrar suas capacidades de fornecimento de pacotes, suas dificuldades e apresentar as vantagens que o estaleiro teria. De acordo com Mendonça, nenhuma das empresas está pronta para fornecer os pacotes, mas todas têm interesse em fazê-lo. A fase atual é a de aprofundar o estudo com os fornecedores e fazer uma aproximação entre eles e os estaleiros para poder avaliar se isso é significativo em termos de produtividade e se faz sentido para o estaleiro que a cadeia se adense dessa forma”, explica Mendonça. O objetivo é finalizar o relatório do resultado obtido até o final do ano e, se o projeto for viável, a equipe executora deverá propor a continuidade do processo para novos sistemas, métodos de disseminação entre os estaleiros e acompanhamento estatístico.

É comum ouvir-se falar no setor que os estaleiros estão superando a curva de aprendizagem. Será mesmo? Se não for o caso, o que falta para que os estaleiros tenham preço e prazo adequados para atender aos projetos que estão surgindo? Prata, da Abimaq, diz que faltam programas permanentes de construção. “O mercado se acostumou com investimentos aos solavancos. A Petrobras e a Marinha anunciam programas de construção que envolvem dúzias de obras e as empresas que atendem a estas demandas são privadas. O capital não reage bem a programas que não mostram continuidade”, destaca ele.
Prata afirma também que, tendo em vista a idade das frotas, a necessidade do mercado e a obsolescência dos cascos já conhecida, as entidades poderiam estimar suas necessidades de novas embarcações, fornecendo a previsibilidade que as empresas precisam para se planejar com investimentos sustentáveis. Dessa forma, tanto os estaleiros quanto a cadeia produtiva se dimensionariam a partir das previsões de longo prazo. Os editais de concorrência, sugere o presidente da CSEN, poderiam ser publicados em determinado mês do ano para que todos se preparassem para a licitação.
— O que temos assistido é justamente o contrário. Anunciam-se demandas de lotes que saltam aos olhos e, em seguida, constata-se a incapacidade de a indústria nacional atender dentro do exíguo e fantasioso prazo esperado, que também acaba não se cumprindo, mas aí já é tarde. Já importamos tudo ou transferimos a construção de cascos para o exterior. E, mais uma vez, a indústria e o país não aproveitam a própria demanda interna para se industrializar e crescer — critica.
Colin, da Verax Consultoria, também concorda que a estabilidade de produção é uma necessidade. A fragmentação da demanda, avalia ele, dificulta a montagem de uma indústria brasileira competitiva. Para o executivo, as encomendas deveriam ser concentradas em um estaleiro.
“Acontece que um estaleiro faz três sondas, outro faz duas e assim por diante. Todo mundo vai aprender a fazer, vai haver um monte de erro, de atraso, e na hora que resolverem esses problemas, não tem mais sonda para ser produzida. Então todo know how obtido foi jogado fora e aí se desmonta a indústria de novo. O que falta é uma consciência de que estabilidade de produção é fundamental para a perenidade da empresa ou da indústria e isso passa longe da cabeça de quem deveria”, afirma ele.
Pires, da UFRJ, destaca que existem dois tipos de problemas nos estaleiros: os internos e externos. Para se ter uma indústria competitiva e que cumpra prazos, é necessário que o estaleiro tenha mais engenharia para poder ter uma melhor produtividade, recursos humanos e elevado nível de qualificação. No entanto, existem outros entraves que o estaleiro não pode solucionar sozinho. “Ele não vai conseguir resolver os problemas de custo, porque eles são, em grande medida, provocados pelos suprimentos, pela dificuldade com a cadeia de fornecedores, com a logística, com a falta de fornecedores de insumos críticos no país. A construção naval como um todo tem que continuar avançando para chegarmos nesse estágio”, opina.
Mendonça, da Abenav, destaca que a duração da curva de aprendizagem tem relação direta com a experiência das empresas responsáveis pelo estaleiro em implantação. Quanto maior o conhecimento das companhias, menor é a curva. Para ele, há alguns casos pontuais de atraso no cronograma, mas o mercado, como um todo, está entregando as encomendas no prazo. “Existe uma inércia natural, mas não temos visto problema de produtividade. Tem obra com atraso, mas tem muita obra no prazo”, diz.
O presidente da Abenav ressalta também que a indústria naval tem três setores distintos e, para analisar o cenário como um todo, seria necessário somar o desempenho e a situação de cada segmento. Um deles é a fabricação de navios para produtos de petróleo, realizados no estaleiro Eisa, EAS e Mauá, por exemplo. Existem também os estaleiros especializados em embarcações de apoio. Um terceiro setor é a construção offshore, foco dos novos estaleiros em implantação, como o Jurong, o EEP e o EBR. Nos tempos de decadência da construção naval no país, diz Mendonça, o mercado da construção offshore diminuiu significativamente, mas não parou. As embarcações de apoio foram retomadas no início dos anos 2000 e a fabricação de navios petroleiros foi a mais recente.
— É importante entendermos porque há uma certa confusão no mercado. “Minha opinião é diferente porque falo de construção naval como um todo. Se falarmos só sobre [construção de] navios, tudo bem. Pegamos o EAS, que corresponde a 80% do mercado de navio, e que teve problemas, mas não é correto falarmos que todo o setor da construção naval está na mesma situação — defende.
Para aumentar a produtividade dos estaleiros, é importante que eles tenham disponibilidade de suprimento. Segundo Prata, da Abimaq, existem cerca de 500 empresas do setor de navipeças que, em parte, sobrevivem por atuarem também em outros segmentos ou por terem verticalizado suas produções, de forma a reduzir o impacto da tributação brasileira sobre os elos da cadeia produtiva. Os custos de logística, ressalta ele, também dificultam a atuação dos fornecedores brasileiros. “A falta de competitividade começa no portão de saída dos produtos das nossas fábricas.  Não há ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos adequados ao escoamento até nossos clientes. Nosso país não é competitivo”, lamenta ele, acrescentando que o novo tipo de empresa que prospera no Brasil é aquela que tem o perfil de montadora. São aquelas que se implantam no país para cumprir algum conteúdo local, continuam importando de suas matrizes os componentes vitais e a engenharia de seus produtos e adicionam localmente apenas componentes e serviços de baixo valor agregado. “Esta é uma receita que infelizmente prospera e combina com a inexistência de políticas industriais”, declara.
As navipeças variam entre 12 e 15 mil itens. Para muitos componentes da cadeia, já há no Brasil uma base estabelecida de fornecedores de bens e serviços. Para outros, no entanto, a indústria brasileira ainda não tem capacidade de atender. De acordo com informações da Abenav, existem empresas brasileiras de outros setores que querem começar a fornecer para o setor naval, além de companhias que já produzem para o segmento e querem ampliar seu escopo. Um segundo movimento percebido pela associação é a vinda de empresas estrangeiras na busca de mercado no Brasil. Para Mendonça, hoje há uma maior consciência por parte das empresas estrangeiras sobre a representatividade do conteúdo local a ponto de começarem a se mobilizar para virem para o Brasil. Gonçalves, da Seamate Consultoria, concorda que existem empresas se estabelecendo no país, mas ressalta que a vinda é complexa porque elas não podem pensar em fornecer apenas para o Brasil, mas também em exportar seus equipamentos. “É o grande fator de decisão de quem está vindo. Eles olham a demanda de forma global”, diz.
O coordenador da área de energia da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Jorge Boeira, destaca que o grande desafio da indústria brasileira é desenvolver um modelo de negócio em que as empresas nacionais comecem a trabalhar para constituir pacotes. “Grande parte dos itens de maior valor é importada. Os fabricantes brasileiros ainda enfrentam problemas na hora de vender itens isoladamente para o EPCista. Para eles, é muito mais interessante comprar o pacote fechado”.
Apesar dos entraves, as perspectivas para os setores naval e offshore continuam sendo boas. Mendonça, da Abenav, acredita que o setor deva crescer cerca de 30% nos próximos dois anos. “A indústria vem em uma franca expansão. A Petrobras vem executando as contratações a que se propôs de modo que o setor segue em plena carga”, afirma o executivo.
Pires, da UFRJ, ressalta que, embora o cenário seja promissor, alguns ajustes visando estimular o aumento de produtividade dos estaleiros são necessários. “Minha visão é otimista, a indústria naval está num caminho de se expandir, consolidar, fortalecer, mas o país precisa investir em políticas de expansão da indústria e na provisão desses recursos necessários de gente, infraestrutura e tecnologia. As perspectivas são otimistas, mas sem deixar de reconhecer os desafios que terão que ser superados”, finaliza. 
Prata, da Abimaq, destaca que haverá uma segunda invasão de produtos chineses no mundo, quando o superplano logístico daquele país estiver concluído. O plano em curso envolve a construção de portos fora da China — que visa reduzir as deficiências portuárias dos países dos mercados-alvo dos produtos chineses —, frota de grandes navios com quase meio quilômetro de comprimento e capacidade para até 18 mil contêineres e a construção de um canal de interligação entre os oceanos Pacífico e Atlântico, em andamento na Nicarágua. O plano tem coordenação, controle e verbas estatais chinesas. Ele espera que os próximos governantes tenham a ciência destes fatos e a visão necessária para fornecer meios competitivos à produção nacional.“Podemos sonhar com uma infraestrutura exemplar dentro de algumas gerações, mas não haverá solução de curto prazo que não passe pelo câmbio. As taxas de hoje são as mesmas de 12 anos atrás. Não há indústria que resista e sobreviva a este fato. Hoje a indústria participa com apenas 13 % do nosso PIB,  o mesmo patamar do governo JK.

 

A busca por novos fornecedores

Para ampliar a participação das indústrias nacionais na cadeia de negócios do setor de petróleo, gás e naval através do desenvolvimento e da qualificação de fornecedores, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançaram, no último mês de fevereiro, o Projeto-Piloto de Desenvolvimento de Fornecedores da Cadeia de Petróleo, Gás e Naval. A ideia é que ao final do programa haja uma ampliação do fornecimento de produtos para a Petrobras, EPCistas, estaleiros e fabricantes de grandes sistemas e equipamentos.
Nove empresas de três estados — Bahia, Minas Gerais e Pernambuco — já foram selecionadas para participar do projeto. São empresas de porte médio e médio-grande, cujo faturamento em 2012 variou entre R$ 16 milhões e R$ 150 milhões. Como já existem programas de apoio às micro e pequenas empresas, que são atendidas pelas Federações de Indústria, por exemplo, o ministério e a agência optaram por trabalhar com empresas maiores. “O setor de petróleo e gás e de equipamentos de construção naval é dominado por empresas muito grandes, então nossa intenção é tentar fazer com que empresas de um porte um pouco maior consigam se posicionar melhor, além de poderem arrastar consigo uma ampla cadeia de fornecedores de micro e pequeno porte”, diz Boeira.
Os próximos passos envolvem a entrada de uma consultoria nas empresas para a realização de um diagnóstico em todas as áreas de negócios de cada empresa beneficiada, como os processos produtivos utilizados por elas, equipamentos e suas capacidade de produção, estratégias de tecnologia, inovação, gestão financeira, marketing industrial, etc. A partir desse levantamento prévio é que serão realizadas as primeiras reuniões com a alta administração dessas empresas e os consultores. O objetivo, diz Boeira, é discutir com os empresários um plano de negócios que permita que eles ou comecem a fornecer para a indústria de petróleo, gás e naval ou ampliem seu fornecimento. “O plano de negócios apontará possíveis alternativas de modernização, expansão industrial, criação de novas linhas de negócios, gestão da inovação e até desenvolvimento da sua própria rede de fornecedores, a depender da situação de cada empresa”, detalha.
Ainda serão selecionadas até o próximo mês de setembro outras três empresas do Rio Grande do Sul. O MDIC e a ABDI estão negociando um aporte com parceiros para ampliar o projeto para até 30 empresas, atendendo então a seis empresas em cinco estados – Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. “Vamos conseguir funding para mais 18. Então até o final de 2014 devemos ter as 30”, estima o executivo.
As empresas do Rio de Janeiro — que ainda não foram selecionadas para participar do projeto — estarão relacionadas aos segmentos de subsea e navipeças. “Provavelmente esse deve ser um dos critérios que o estado do Rio deve propor”, acredita. A ideia é que ao final do programa haja uma ampliação do fornecimento de produtos para a Petrobras e para os principais contratantes da cadeia de petróleo, gás e naval, como EPCistas, estaleiros e fabricantes de grandes sistemas e equipamentos.
Além desse projeto-piloto, a ABDI também está criando, em parceria com o MDIC, um sistema de embarcações interativo a partir da base de dados do Catálogo Navipeças. Financiado pela ABDI e executado pela Onip desde 2009, o Catálogo Navipeças reúne fabricantes e prestadores de serviços ligados à construção e reparação naval, visando ao atendimento da demanda da indústria de navipeças. Inicialmente poderão ser vistos os equipamentos e fornecedores nacionais de componentes para petroleiros e AHTSs. Boeira acredita que o sistema deva ser lançado no segundo semestre do ano.

 



Yanmar

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