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Georadar recebe aporte de R$ 100 milhões de fundo

A Georadar, que oferece serviços para a indústria de óleo e gás, acaba de ganhar um sócio de peso. A companhia concluiu ontem o recebimento de um aporte de R$ 100 milhões do Óleo e Gás Fundo de Investimento em Participações (Óleo e Gás FIP). Entre os principais acionistas do fundo estão o BNDES e os fundos de pensão Petros, Funcef e EletroCEEE, com cerca de 80% de participação.

Gerido pelo Modal Private Equity, o fundo Óleo e Gás FIP foi criado em 2010 com R$ 500 milhões de capital comprometido. Além do BNDES e dos três fundos de pensão, também tem como acionistas o próprio Modal, com 3%. Outros investidores qualificados, como Banrisul e Previdência Usiminas, detêm os demais 15%.

A escolha do investidor, segundo a Georadar, foi estratégica. A entrada dos novos sócios faz sentido na estrutura societária que a companhia busca para, nos próximos anos, abrir seu capital. "Os novos parceiros nos dão ainda mais consistência," afirma Celso Magalhães, sócio da empresa, presidente do conselho e da área de Novos Negócios.

Já o fundo escolheu a empresa entre outras 1.400 avaliadas no setor de óleo e gás por considerar que tem potencial para ser uma companhia de atuação global. "A Georadar vai poder competir com gigantes multinacionais em levantamentos em águas ultra profundas, seja na África, na Ásia ou no Oriente Médio", diz John Michael Streithorst, gestor do Óleo e Gás FIP. Antes da Georadar, investiu em duas empresas do setor: Enesa, que recebeu R$ 90 milhões; e Brastec, que levou R$ 75 milhões. Atualmente, está em processo de "due diligence" de mais dois aportes.

Os R$ 100 milhões que acabam de entrar no caixa da Georadar serão destinados para investimentos na Geortx (empresa do grupo responsável por levantamento sísmico marítimo) e na Geonavegação, que administra embarcações de apoio para a indústria de óleo e gás. "Vamos construir mais seis navios, que já estão sob contrato com a Petrobras, e comprar quatro de pequeno porte", disse Magalhães. Hoje, a companhia possui dois navios e administra outros quatro.

Esse é o terceiro aporte recebido pela Georadar. Em 2009, a empresa captou R$ 62,5 milhões da gestora de recursos Angra Infra, especializada em infraestrutura. Os recursos foram usados para a expansão do negócio de pesquisas sísmicas, que até então eram feitas em terra (onshore), para o mar (offshore). No ano seguinte, obteve R$ 100 milhões da Rioforte, empresa de investimentos do Grupo Espírito Santo. O capital foi usado para dois fins: a criação da Geonavegação e a compra da empresa norueguesa RXT, que deu origem à Georxt.

A Georadar tem ainda outras três áreas de negócios: a Georadar Sísmica Terrestre, criada em 2006 e responsável por dois terços de suas receitas; a Georadar Ambiental e Infraestrutura, que em 1999 deu início à empresa, com diagnósticos ambientais e engenharia terrestre; e a Geodata Serviços Offshore, criada em 2010 para fazer os mesmos trabalho para alto-mar.

Com o aporte de R$ 100 milhões, o Óleo e Gás FIP passa a ter 15,2% do capital total da Georadar. Com isso, o fundo Angra Infra ficará com 29,6% e o Rioforte, com 28,2%. Já a Sergep, empresa de Magalhães, deterá os demais 26,9%.

Ainda neste ano, a Georadar pretende captar mais R$ 100 milhões de um quarto fundo - que ficará com 10% de seu capital -, o que reduzirá as participações dos demais sócios. Os recursos serão utilizados para consolidar os negócios já existentes, afirma Magalhães, para que a Georadar comece a organizar a abertura de capital. No ano passado, com 14 anos de vida e 3,5 mil funcionários, a empresa faturou R$ 600 milhões. Até 2015, espera chegar a R$ 1 bilhão.

Fonte: Valor / Olivia Alonso






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