Mais uma empresa da indústria naval sinaliza interesse em investir em Pernambuco. Um dia após o anúncio de que as obras do Estaleiro CMO começarão em dezembro, o governador Eduardo Campos reuniu-se em Roma com o CEO do Grupo Fincantieri, Giuseppe Bono, para oferecer o estado como destino dos futuros aportes da empresa italiana no país. O grupo, que há dois anos mantém um contrato com a Marinha brasileira para construir 18 fragatas, é um dos maiores produtores de navios militares do mundo.
O primeiro contato com a Fincantieri foi em março. Na época, o empresário sinalizou o interesse de atender à demanda do mercado interno e exportar para outras países, tal qual ocorre na China e na Coreia do Sul.
Durante a reunião, na sede da embaixada brasileira em Roma, o governador destacou que a indústria naval terá no equipamento pernambucano o local ideal para a consolidação de um cluster no Nordeste. “A exploração da camada pré-sal vai requerer uma modernização do sistema de defesa brasileiro e, para isso, colocamos Pernambuco à disposição do Fincantieri e da recuperação da indústria naval brasileira”, afirmou Eduardo Campos em nota à imprensa.
O grupo naval italiano também atua no reparo e na produção de navios mercantes. Em 52 anos de atuação, o estaleiro já entregou mais de sete mil embarcações. Além de fragatas, o Fincantieri fabrica e presta consultoria técnica à produção de submarinos, porta-aviões, corvetas, entre outras embarcações para países como Estados Unidos, Índia, Iraque, Alemanha, Arábia Saudita, Turquia, entre outros.
Ontem, o governo do estado divulgou o calendário de início de obras do Estaleiro CMO (anteriormente chamado de Construcap), que amargou meses de espera por licenças ambientais. Trata-se do terceiro anunciado para Pernambuco. O empreendimento, que também teve seu aporte ampliado de R$ 200 milhões para R$ 720 milhões, deve ficar pronto no fim de 2012. A expectativa é de que sejam gerados 500 empregos diretos já na fase de construção.
No dia 14 de setembro, o Diário Oficial do Estado havia publicado um decreto autorizando a empresa Suape a ceder um terreno de 40 hectares na Ilha de Tatuoca, próximo de onde já funciona o Estaleiro Atlântico Sul, o primeiro a aportar em solo pernambucano.
O grupo tem a Petrobras como principal cliente e está participando de nove processos licitatórios para a construção de plataformas de exploração petrolíferas. Cada equipamento custa em torno de R$ 1 bilhão e demanda a mão de obra de sete mil pessoas.
No último fim de semana, a construtora mineira Mendes Júnior também anunciou o interesse em investir até R$ 1 bilhão na construção de um estaleiro voltado para plataformas de petróleo no estado. O interesse da empresa, que já está presente em Pernambuco através de obras na BR-101 e no Ramal Cidade da Copa, por exemplo, é atender a Petrobras durante a extração de combustível na camada do pré-sal.
Fonte: DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
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