O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, afirmou hoje que o governo terá uma postura diferenciada junto a prefeitos, câmaras, empresários e investidores para que a Baixada Santista “tire tudo o que for possível em matéria de renda e qualidade de vida” a partir da exploração do pré-sal na região. A afirmação foi feita em Santos, durante seminário do Valor Econômico que discute oportunidades e desafios impostos pela exploração do pré-sal na Bacia de Santos.
No início do mês, o governador Geraldo Alckmin havia anunciado investimentos de R$ 5 bilhões na região envolvendo as áreas de educação, saúde e infraestrutura. O Estado de São Paulo prevê que R$ 176 bilhões de investimentos públicos e privados serão realizados no litoral paulista até 2025 impulsionados pela exploração do pré-sal.
“O governo reitera sua postura de abertura para ouvir, dialogar e decidir sempre no interesse de explorar todas as opções para que a Baixada possa agregar qualidade de vida e renda a partir do desenvolvimento da exploração e produção do pré-sal”, afirmou Aníbal, representando Alckmin na abertura do evento.
Segundo o gerente geral de da Unidade de Exploração e Produção da Bacia de Santos, José Luiz Marcusso, o pré-sal será responsável por aumento de 50% da produção de petróleo da unidade neste ano, que passará a ser de 150 mil barris de óleo por dia. Até 2006, a Bacia de Santos fornecia cerca de 5 mil barris por dia.
A Petrobras estima que a produção da Bacia de Santos deve ultrapassar a de Campos em 2016. Hoje, o Brasil produz aproximadamente 2,3 milhões de barris de óleo por dia, sendo quase metade desse volume fornecido por Campos, a principal do país.
A previsão é que em seis anos a Bacia de Santos produza mais de um milhão de barris por dia, desempenho que será impulsionado pelas operações do pré-sal. Atualmente, a unidade, que vai de Cabo Frio (RJ) a Florianópolis (SC), conta com 21 instalações, sendo sete de produção e 14 de perfuração.
Em julho foram iniciadas as obras da sede da Petrobras em Santos, no bairro Valongo, próximo à entrada da cidade e ao porto. Serão três torres de 17 andares com capacidade para 2,2 mil funcionários cada uma, com investimentos de R$ 380 milhões. Hoje, a estatal está espalhada em seis endereços em Santos, totalizando mil funcionários.
Fonte: Valor
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