Receba notícias em seu email

Navalshore

Grande ABC se prepara para fornecer ao pré-sal

Empresas do Grande ABC já estão se preparando para atender à demanda do pré-sal. Afinal, os investimentos previstos para os próximos anos são bilionários e a Petrobras está à caça de fornecedores diretos e subfornecedores, que responderão aos EPCistas (como se fossem os sistemistas do setor automotivo, que reúnem os componentes e os comercializam para as montadoras), que respondem pelas grandes contratações.

O potencial de companhias de todos os portes que podem atuar nesse segmento é de pelo menos 3.000 indústrias do setor metalmecânico. Isso sem contar as empresas do ramo químico e as de serviços, principalmente as relacionadas aos projetos de engenharia e montagem.

A estatal vai investir, até 2015, US$ 224,7 bilhões (cerca de R$ 357,2 bilhões). Do total, US$ 117,7 bilhões serão aportes em exploração e produção, sendo que cerca da metade, US$ 53,4 bilhões, será para o pré-sal - o objetivo é elevar a atual produção de 2% para 40% até 2020.

O fornecimento para a cadeia do petróleo e gás é visto como uma mina de ouro, e serve como saída ao atendimento a um único setor, em geral o automobilístico. Parafusos, válvulas, tubulações, bombas de segurança e conexões estão entre os inúmeros produtos que podem ser vendidos à Petrobras, direta ou indiretamente.

A Kei-Tek Equipamentos Industriais, de Mauá, é uma das empresas da região que ampliaram sua carteira de clientes dos setores de cimento e siderurgia e já atende o ramo do petróleo e gás. A companhia de médio porte fabrica atualmente bombas, painéis elétricos, fornos geradores e queimadores industriais, mas quer ampliar sua participação. De olho no pré-sal, o diretor superintendente, José Roberto da Silva, conta que está tentando trazer novas tecnologias para modernizar seus equipamentos sem, no entanto, conseguir mensurar o quanto será investido.

A Uniforja, de Diadema, possui 40% de seu faturamento atrelado a essa cadeia e, com o pré-sal, pretende expandir para 60%. "Investimos anualmente em torno de R$ 7 milhões na melhoria das máquinas e equipamentos utilizados para o fornecimento ao setor", revela o presidente José Luis Trofino. Com a nova exploração, ele diz que "o céu é o limite", mas estima que os aportes para as novas tecnologias podem até dobrar. A cooperativa vende ao setor flanges (partes da tubulação que conectam as válvulas), conexões e forjados (peças que compõem os equipamentos de exploração).

MIGRAÇÃO

A Consigás, empresa de engarrafamento de gás com sede em Barueri (SP), está investindo R$ 40 milhões na construção de uma fábrica em Mauá. A inauguração deve ocorrer em um ano e, até lá, serão contratados cerca de 300 profissionais. "Escolhemos o Grande ABC por conta do aumento da demanda por gás e, Mauá, pela proximidade com o Rodoanel", explica o diretor Mohamad Kadri. A companhia compra GLP da estatal e enche botijões e tanques industriais.

De fato, o consumo na região é crescente, de acordo com a diretora de gás e energia da Petrobras, Graça Foster. "A malha de distribuição no Grande ABC é de 542 quilômetros, sendo 339 deles no município de São Bernardo. Na região, o consumo de gás natural em 2010 foi de 1,6 milhão de m³ (metros cúbicos) e deve chegar a 2,1 milhões de m³ em 2015", diz. "Esse volume é extremamente significativo para a Petrobras como vendedora de gás."

Fonte: Diário do grande ABC


PUBLICIDADE








   Zmax Group    Antaq    Antaq
       

NN Logística

 

 

Anuncie na Portos e Navios

 

  Pesa   Syndarma
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira