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HRT frustra com resultado de dois poços

A HRT deu duas más notícias ontem à noite sobre os dois poços perfurados pela companhia no Brasil e na África e cujos resultados eram aguardados com preocupação e curiosidade, dependendo do interlocutor. Na bacia do Solimões, onde procurava reservas de petróleo e não gás, a HRT informou que o poço 1-HRT-11 foi abandonado como "seco", o que na linguagem do setor significa que nada foi encontrado. A companhia é sócia da Rosneft (antiga TNK-BP) na área. Sobre o poço Wingat, na Namíbia, a HRT informou que após 86 dias de perfuração teve uma descoberta de óleo "em volume não comercial", depois de perfurar 5 mil metros.

Um poço dessa profundidade em águas profundas custa entre US$ 60 milhões e US$ 100 milhões, mas a empresa não informou o custo exato, dizendo apenas que ficou dentro do orçamento. Segundo a HRT, esse resultado vai ajudar a melhorar o modelo geológico para definir o local ideal para acessar outro prospecto, chamado Murombe, distante 15 quilômetros a oeste do Wingat e cujo poço começará a ser perfurado no fim deste mês.

No Fato Relevante sobre o resultado na Namíbia, a HRT informou ter encontrado, durante a perfuração, "diversos reservatórios arenosos de pequena espessura saturados de óleo", dos quais foram coletadas amostras que indicam "a presença de óleo com densidade variando entre 38º e 42º API", que é um óleo levíssimo, de excelente qualidade. E, ainda, que não foi encontrada zona com água. Para a HRT, as amostras confirmam "o potencial de geração [de óleo]" na bacia de Walvis e que pode haver petróleo em outra área do bloco.

Segundo técnicos acostumados com os termos do setor, o resultado é inconclusivo, apesar de uma fonte ter considerado "auspicioso" encontrar óleo, mesmo não comercial, em uma região que só tem descobertas de gás. Para alguns com visão mais pessimista, o resultado significa uma perigosa continuação da "queima" do caixa da HRT sem resultados concretos.

Outras duas fontes avaliam que a HRT não encontrou nada para produzir, mas apenas "muita informação para reduzir o risco do próximo poço", o que ajudará a "manter a expectativa positiva dos investidores". Para um deles, a falta de água pode não ser um bom sinal.

Em suma, tanto a HRT pode estar diante de uma nova fronteira, como pode acabar seu caixa sem encontrar nada até o fim de 2013. A companhia tem contrato firme com a sonda Transocean Marianas para perfuração de pelo menos três poços. O "thriller" continua, pelo menos até terminarem a perfuração dos próximos dois poços na Namíbia. A HRT fez um "farm-out" com a Galp na Namíbia vendendo 14% de três licenças exploratórias nas Bacias de Walvis e Orange.

Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner | Do Rio






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