Depois do segmento de commodities, o transporte marítimo será o próximo setor a sentir os efeitos do preço do carbono. A Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu como meta emissões líquidas zero de carbono em torno de 2050. E a União Europeia (UE) já decidiu cobrar imposto sobre o tráfego marítimo a partir de 2027.
A Global Trade Research Initiative especula em nota que os custos de importação e exportação de produtos aumentarão de 3% a 4%, chegando a algo entre US$ 600 milhões e US$ 800 bilhões anualmente.
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A IMO delibetou na semana passada sua estratégia para emissões zero até 2050. O órgão determina uma redução de emissões de 20% a 30% até 2030 e de 70% a 80% até 2040 em relação aos níveis de 2008.
Espera-se que os países cumpram as metas, embora as recomendações da IMO não sejam juridicamente vinculativas. Alguns países membros da entidade propõem a cobrança de um imposto sobre emissões que ultrapassem as metas. Mas essa medida foi adiada devido à oposição da China e de outros países desenvolvidos.
No estágio tecnológico atual, para descarbonizar os navios devem fazer a transição para combustíveis de baixo carbono, como gás natural liquefeito (GNL), amônia e metanol. A indústria também deve investir na otimização do projeto do casco do navio e na adoção de motores eficientes.