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Navalshore

Índice de nacionalização do EBN deve chegar a 70% na terceira fase do projeto

A Petrobras apresentou ontem (2) o balanço da primeira e da segunda fase do Programa Empresas Brasileiras de Navegação (EBN) e já aposta que o índice de nacionalização alcance até 70% na terceira fase, ainda sem previsão. O diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou que os 19 navios da primeira fase terão pelo menos 50% de nacionalização.

“Já no EBN 2, acredito que, com o aperto que costumamos dar nas empresas será possível chegar a 60%. Mas nos outros EBNs que virão pela frente com certeza vamos estabelecer metas acima de 65%”, aposta Costa.


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O programa é parte de um conjunto de iniciativas para reduzir a dependência do mercado externo de fretes marítimos, estimulando a construção naval no Brasil e gerando empregos e trata do afretamento, pelo período de 15 anos, de navios a serem construídos por empresas brasileiras em estaleiros estabelecidos no Brasil. Também é exigido que o registro da embarcação seja feito sob bandeira brasileira durante toda a duração do contrato. A previsão de entrega dos navios da primeira fase é entre 2012 e 2014.

“Com navios de bandeira brasileira, de armadores brasileiros que não sejam a Transpetro, vai ser possível auferir resultados e comparar a eficiência da Transpetro e dos armadores”, apontou Costa.

Durante a coletiva de imprensa, Costa afirmou que o mercado brasileiro vai precisar de mais estaleiros e sugeriu aos empresários que invistam neste segmento. “Quando empresários de fora me procuram para saber onde é melhor investir no Brasil, em relação ao futuro da indústria do petróleo e gás e todo o desenvolvimento do pré-sal, digo que tenho três sugestões: faça um estaleiro, em segundo faça um estaleiro e em terceiro faça um estaleiro. Serão muitas encomendas, não só de navios mas de embarcações de apoio offshore, de plataformas, módulos, etc”, enfatizou Costa, que disse ainda que esta semana teve uma boa notícia sobre este assunto, apesar de não dar mais detalhes.

A previsão é de entregar os navios do EBN 2 entre 2013 e 2017. O gerente executivo de logística do abastecimento da estatal, Eduardo Autran, estima que em 2017 a Petrobras deve estar utilizando cerca de 200 embarcações, considerando os navios do Promef e do EBN. Em 2010, a Petrobras pagou para o afretamento de 80 navios cerca de US$ 750 milhões, sem incluir custos portuários e de bunker, e cerca de US$ 550 milhões para 48 navios da Transpetro. Além disso, a estatal pagou cerca de US$ 600 milhões ao longo do ano para utilizar 250 navios, sendo 20 por mês, contratados no mercado spot.

Autran explicou que a Petrobras deve pagar cerca de US$ 350 milhões por ano pelo afretamento das unidades do EBN 1 e 2, sem incluir gastos com bunker e despesas portuárias. “O custo vai ser substituído, vamos deixar de pagar para armadores internacionais e vamos direcionar para os armadores brasileiros”, aponta Autran.

Da redação






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