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Indústria naval deve contratar 100 mil trabalhadores em 7 anos

Durante a sua passagem por Rio Grande, onde participou ontem de seminário, a candidata à presidência da República Dilma Rousseff salientou a recuperação do setor naval brasileiro nos últimos anos. Ela enfatizou que, depois de um período ocioso, hoje a construção naval conta com cerca de 45 mil trabalhadores e esse número deve aumentar nos próximos anos. Conforme o vice-presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Franco Panini, no ano de 2000 eram cerca de 1,9 mil empregos diretos na cadeia. Para 2014, espera-se que se atinja 60 mil postos de trabalho diretos e em 2017 em torno de 100 mil. O dirigente lembra que cada emprego direto implica cinco indiretos.
Dilma chegou ao Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar) às 10h45min e a sua palestra lotou o auditório da entidade, reunindo em torno de 360 pessoas. Para uma plateia constituída principalmente de empresários, políticos e jornalistas, a ex-ministra fez um discurso de caráter predominantemente técnico e apresentando vários números.
Dilma afirmou que, por uma decisão do governo Lula, a Petrobras privilegiou as suas compras no setor da construção naval dentro do Brasil. Segundo ela, o governo percebeu que era necessário reconstruir a cadeia naval nacional e instalar estaleiros, de uma forma descentralizada. A ex-ministra relatou que a Petrobras deverá investir de US$ 200 bilhões a US$ 220 bilhões até 2014. Parte desses investimentos será destinada à contratação de cerca de 300 embarcações de apoio ao segmento do petróleo e mais 28 sondas. "A indústria naval, desta vez, não vai nos deixar a ver navios", brincou Dilma.
De acordo com ela, as oportunidades com o setor do petróleo servirão como passaporte, para a região de Rio Grande e para o Estado, para uma nova economia. Ela acrescentou que, além dos investimentos no polo naval, deverão ser aplicados nos próximos anos pelo governo federal R$ 689 milhões no porto rio-grandino em obras como modernização, dragagem e expansão dos molhes. Mais R$ 206 milhões serão investidos na duplicação da rodovia BR-392, que liga Pelotas a Rio Grande.
A governadora Yeda Crusius também era uma das convidadas do Seminário Rio Grande/Onde o Rio Grande Renasce, realizado pela Revista Voto, mas não compareceu ao evento, sendo representada pelo deputado federal Cláudio Diaz (PSDB).
Arrecadação municipal pode chegar a R$ 255 milhões
O desenvolvimento do porto e do polo naval já beneficia os cofres do município de Rio Grande. O prefeito Fábio Branco revela que a arrecadação da cidade em 2009 foi de R$ 211 milhões e para este ano espera-se um número próximo de R$ 255 milhões. Entre os projetos que vão contribuir para esses patamares crescerem ainda mais, Branco cita empreendimentos como os cascos de plataforma de petróleo que serão construídos pela Engevix, a instalação de um estaleiro da Wilson,Sons e as integrações das plataformas P-63 e P-55.
O gerente de empreendimento da plataforma P-55, Edmilson Soares de Medeiros, adianta que o casco desta plataforma, a parte de baixo da unidade, está sendo feito no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. O casco virá para Rio Grande em pedaços, para serem edificados no dique seco gaúcho. Esse processo deverá ocorrer entre novembro deste ano e março de 2011. A estrutura da parte superior, que será feita pelo consórcio Quip em Rio Grande, começará a ser edificada até julho. O acoplamento da parte inferior da plataforma com a superior deverá ocorrer por volta de setembro do próximo ano. A conclusão da P-55 está prevista para até abril de 2012. No momento, estão sendo feitos em Rio Grande os módulos de dessulfatação e de compressão. Quanto à P-63, a expectativa é de que os módulos comecem a ser feitos no Estado em janeiro e a integração em meados de 2011.
A Petrobras é a empresa que encomendou as duas plataformas e a principal responsável pela retomada da construção naval no País. Contudo, o vice-presidente-executivo do Sinaval, Franco Panini, prevê que nos próximos anos o Brasil terá capacidade para atender a encomendas do exterior, além das feitas pela Petrobras.
Outras empresas pretendem investir fortemente na área de construção naval. A Engevix, além de construir oito cascos em Rio Grande, estuda instalar estaleiros nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, diz o sócio do grupo Gerson de Mello Almada. Também a Toniolo Busnello analisa a possibilidade de entrar no segmento da construção naval.
O presidente da construtora, Humberto Busnello, revela que recentemente esteve visitando a Coreia e observando a experiência desse país no segmento. Antes disso, a empresa deverá entrar como investidora de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), através de consórcios. Busnello afirma que a ideia é colocar em torno de 110 MW de projetos de PCHs para disputar leilões de energia em 2011. O investimento previsto nessa iniciativa é de cerca de R$ 550 milhões e será realizado nas regiões Norte e Central do Rio Grande do Sul. (JK)
Grupo Bolognesi adquire projetos de térmica e de terminal de GNL
O Grupo Bolognesi assumiu o controle dos projetos de um Terminal de Estocagem e Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (Tergás) e de uma usina termelétrica que antes eram conduzidos pela empresa Gás Energy. O diretor da Bolognesi Paulo Cesar Rutzen não comenta os números envolvidos na transação, mas adianta que, posteriormente, os empreendimentos, quando estruturados, serão repassados para a subsidiária Hidrotérmica.
A medida será tomada, pois essa empresa é associada ao FI-FGTS, um fundo de investimento gerido pela Caixa Econômica Federal, que tem recursos disponíveis para aplicar em infraestrutura. "Esse projeto está entre as prioridades do Estado e do País", diz Rutzen. Ele afirma que se houver um leilão de energia (mecanismo estabelecido pelo governo federal para comercializar a geração de energia no sistema elétrico nacional) ainda neste ano, o grupo está preparado para disputar. A expectativa é de que um certame ocorra no segundo semestre. "Esperamos que seja feito um leilão específico e, mais do que isso, que ocorra um leilão regionalizado", defende Rutzen. Ele explica que isso permitiria que o projeto da Bolognesi concorresse contra as fontes de geração do Sul do País e não com as do Nordeste, que contam com mais incentivos.
A Gás Energy continuará prestando assessoria técnica para o empreendimento. A térmica terá uma capacidade instalada de 1,2 mil MW (cerca de um terço da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). A usina absorverá um volume de cerca de 5,2 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. O terminal de regaseificação terá uma capacidade de fluxo de gás natural de 6 milhões de metros cúbicos ao dia (mais que o dobro do volume boliviano que chega ao Estado hoje). Há um ano, o investimento estimado na usina era de US$ 900 milhões e no terminal de regaseificação seriam aplicados mais US$ 380 milhões.

(Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Jefferson Klein, de Rio Grande






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