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Indústria petrolífera planeja compras com verba do BNDES

US$ 400 bilhões serão investidos no Brasil até 2020, segundo a Booz & Company. Calculado a partir do total projetado em 2008, o valor pode ser ainda maior, conforme dados da Onip.
2 milhões de empregos podem ser gerados nos próximos dez anos, caso as medidas sugeridas pelo estudo da consultoria Booz & Company sejam implementadas no país.
400 mil é o número de novas vagas que serão abertas na cadeia fornecedora caso as medidas sugeridas pela agenda do setor não sejam adotadas.
A indústria brasileira de petróleo deverá receber US$ 400 bilhões em investimentos nos próximos dez anos, só no segmento offshore (marítimo). Os aportes dependem do governo e de empresários.
Os benefícios para a cadeia nacional de fornecedores dependerá de um conjunto de dez medidas. O diagnóstico, levantado pela consultoria americana Booz & Company, sob encomenda da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), propõe uma política de estímulo oficial para aquisição de empresas estrangeiras de engenharia por grupos nacionais.
Batizado de Agenda de Competitividade da cadeia produtiva de óleo e gás offshore no Brasil, o estudo sugere que tais aquisições sejam financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujos recursos têm sido destinados à compra de frigoríficos e indústrias como baixo índice de inovação.
Já apresentado ao presidente do próprio banco, Luciano Coutinho, o documento revela que aproximadamente 2 milhões de empregos podem ser gerados no país, se as recomendações forem levadas em consideração.
Do contrário, conclui o estudo, o setor deverá abrir, no máximo, 400 mil vagas no Brasil.
Superintendente regional da Onip, Alfredo Renault revela que as dez sugestões foram formuladas a partir da detecção dos principais empecilhos à evolução da indústria.
Além de baixo índice de inovação tecnológica, identifica obstáculos como nível educacional abaixo do necessário, tributação excessiva, dificuldade de acesso a matérias-primas e poucas e caras fontes de financiamento.
"É por isso que se faz necessária uma política de articulação com o setor público, na figura do BNDES, que permita financiar, por exemplo, a aquisição de empresas do exterior", afirma Renault, ao justificar a proposta como forma de agregar tecnologia aos produtos e serviços de fornecedores nacionais.
Só assim, justifica, será possível ampliar a competitividade da indústria brasileira.
O diretor-geral da Onip, Eloy Fernandez y Fernandez, também recomendou maior transparência nos critérios de contabilidade de conteúdo nacional adotados hoje pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Como está constituída, justificou, a metodologia envolve critérios pouco homogêneos de aferição.
"Há muita burocracia e faltam elementos técnicos para determinar o cálculo", criticou.
Outra sugestão destacada por Renault é a constituição de centros de excelência tecnológica - públicos ou privados - próximos aos polos industriais do setor.
Tais unidades, de acordo com o executivo, teriam para a indústria petrolífera a função hoje desempenhada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no agronegócio nacional.
"Nós não temos, no setor de óleo e gás, uma espécie de Embrapa", compara o diretor da Onip.
Conservação das plataformas
Também presente ao evento, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, admitiu problemas de conservação em algumas das plataformas, denunciadas nos últimos dias pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte-fluminense (Sindipetro-NF).
O executivo assegurou, no entanto, que não representam risco para a integridade física dos funcionários ou para as operações offshore.

Fonte: Brasil Econômico/Ricardo Rego Monteiro/Correspondente no Rio de Janeiro



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