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Integração do Porto de Paranaguá com Ferrosul recebe apoio dos empresários

O encontro para discutir a integração do Porto de Paranaguá com a Ferrosul, empresa dos Estados do Codesul (PR, SC, MS e RS) que está sendo criada a partir da Ferroeste, repercutiu positivamente em vários setores da economia da região sul e também do Paraguai. O encontro para estabelecer o alinhamento estratégico entre o porto e a Ferrosul, que aconteceu nessa quinta-feira (1º), na sede da Appa - Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, reuniu o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, e o superintendente do Porto, Mario Lobo Filho.
O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, comentando a reunião no Porto de Paranaguá, disse que criação da Ferrosul é estratégica para o escoamento da produção de seu Estado, não só no aspecto da integração direta com o Porto de Paranaguá, mas também no barateamento do frete. “Menor custo no transporte traz mais competitividade aos nossos produtos”, ressaltou. Além disso, Longen disse que quando este modal ferroviário estiver em pleno funcionamento será fundamental para atrair novos investimentos para a região.
Para José Adriano da Silva Dias, superintendente da Alcopar, que integra a CPL Log, empresa criada para viabilizar a construção do poliduto entre a região metropolitana de Maringá, região de Curitiba e Porto de Paranaguá, a aproximação entre o terminal público paranaense e a Ferroeste “é benéfica e necessária para o Estado e o escoamento da produção do agronegócio”. Segundo ele, a iniciativa da Ferroeste, com vistas a implementar a Ferrosul juntamente com os governos do Codesul é “muito bem-vinda”. Dias considera “fundamental” o diálogo entre a Ferroeste/Ferrosul e a
APPA. “São duas entidades que pertencem ao governo do Paraná e é muito louvável que trabalhem com o mesmo objetivo”.
O chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab), Francisco Carlos Simioni, considera que a parceria entre o Porto e a Ferrosul é fundamental para o agronegócio da região Sul. “Não tem como o porto ficar de fora num projeto dessa envergadura”, disse ele. Sobre a reunião em Paranaguá, Simioni afirmou que “a consolidação do projeto depende do entendimento entre as partes interessadas, produtores e setores público e privado”.
Também a consulesa do Paraguai para o Paraná e Santa Catarina, Lourdes Bogado, considera que a articulação da Ferroeste e da APPA em prol do projeto da Ferrosul “é muito importante e vai favorecer o Paraguai, será um facilitador para o comércio, pois nosso país não tem saída para o mar e uma ferrovia com saída para o mar é muito importante para o Paraguai”.
Na opinião do empresário cerealista Arney Antônio Frasson, da AB AgroBrasil, “é de extrema importância o modal ferroviário para um Estado eminentemente agrícola e com perfil exportador, como o Paraná” e, portanto, “todo esforço no sentido de viabilizar o transporte ferroviário será bem-vindo”, como no caso do diálogo entre a administração do porto e a direção da Ferroeste.
Segundo o diretor de comércio exterior da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi), Mário Camargo, “foi um passo muito importante” a reunião entre o terminal e a ferrovia “porque Paranaguá é um porto de vocação graneleira e a Ferrosul será uma alternativa de custo baixo para o escoamento da produção da região Sul. Muito importante essa aproximação com o novo superintendente do porto que entende a necessidade de fomentar uma maior movimentação para o terminal, com um modal a mais e com um custo menor”, completou.
Segundo o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, “a reunião com o superintendente Mário Lobo foi produtiva. A conversa flui fácil quando os objetivos são comuns e a visão estratégica é a mesma”, afirmou. “O Porto de Paranaguá crescerá em importância e abrangência territorial com a criação da Ferrosul”, disse ele.
O presidente da Ferroeste acrescenta que “a drástica redução dos custos de transporte que a Ferrosul promoverá em toda a região Sul e nos países vizinhos aumentará a produtividade da agricultura e gerará um grande desenvolvimento industrial no interior da região do Sul e do Cone Sul da América”. Segundo ele “a Cordilheira dos Andes é hoje um obstáculo de dificílima transposição ferroviária e não se antevê uma mudança profunda no curto e médio prazos. Logo, com os três mil quilômetros de novas ferrovias que a Ferrosul construirá na região do Codesul, serão os portos do Sul que atenderão a vasta região interior da América do Sul até ao pé dos Andes, interligadas a rodovias e hidrovias, numa rede de infra-estrutura moderna para servir de suporte a novos e criativos arranjos intermodais que serão o combustível para um salto de produtividade e de industrialização na região”, afirmou.
“Tudo isso”, concluiu Gomes, “em benefício dos produtores, da economia e da população, gerando desenvolvimento econômico e social em bases ambientais adequadas aos desafios planetários do século XXI. É para isso que a Ferrosul está nascendo e o superintendente Mário Lobo, homem de visão estratégica, sabe disso”.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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