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Intercâmbio científico

Tecnologia e inovação foram a temática do Encontro Nacional dos Estudantes de Engenharia Naval, realizado no Rio de Janeiro

 


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Tecnologia e Inovação na Indústria Naval e Offshore foram a temática principal da 8ª edição do Encontro Nacional dos Estudantes de Engenharia Naval (Enav). O evento foi realizado entre os dias 15 e 20 de outubro paralelamente ao 24° Congresso de Transporte Aquaviário, Construção Naval e Offshore da Sociedade Brasileira e Engenharia Naval (Sobena), no Rio de Janeiro.

Durante seis dias, estudantes da área naval de todo o país promoveram intercâmbio científico e cultural, conheceram um pouco do mercado de trabalho e seus representantes participaram de palestras, minicursos e debates sobre os assuntos atuais referentes à tecnologia e inovação.

“O objetivo do evento é fortalecer e unir os estudantes dessa área, além de integrar as universidades que formam pessoal para o mesmo setor”, diz o coordenador geral do Enav, Alexander Meirelles. Participaram do encontro cerca de 400 alunos de nove instituições. Destas, cinco contam com o curso de engenharia naval: UFRJ, USP, UFPA, UFPE e UFSC.  Já a FURG (RS) tem graduação em engenharia mecânica naval. Uezo (RJ), Univali (SC) e Fatec de Jaú (SP) oferecem cursos que formam tecnólogos em construção naval.

Durante os dias de evento foram exibidas diversas palestras. Entre elas estavam inovação na área de transportes marítimos; como transformar conhecimento científico em inovação; o papel da engenharia de comissionamento na indústria naval e offshore; técnicas de vistoria, aplicações e desafios na tecnologia subsea; projeto e construção de submarinos; e oportunidades e desafios da indústria naval e offshore brasileira.

O evento contou também com uma mesa redonda, cujos palestrantes eram ex-alunos de engenharia naval, que criaram suas próprias empresas. Um deles é o diretor superintendente do Easa Estaleiros Amazônia, Thiago Lemgruber. “O objetivo era fomentar o sentimento de criar produtos e empresas nacionais. A ideia era mostrar que a gente precisa criar, mas não dependendo do mercado exterior”, explica Meirelles. Minicursos nas áreas de corrosão, ship constructor e aços inoxidáveis para o uso em FPSOs também fizeram parte da programação do Enav.

A perspectiva dos alunos em relação ao mercado de trabalho é de otimismo. Segundo Meirelles, alunos do Rio de Janeiro e de São Paulo constatam que o mercado naval tem se mostrado aquecido. O cenário também é otimista para os paraenses, que percebem um bom mercado no estado, principalmente na área de estaleiros. Já os alunos da UFSC têm foco na área de náutica.

Pelas exposições e debates sobre o campo profissional, os estudantes estão entusiasmados para concluir o curso, principalmente os do Rio de Janeiro e São Paulo. “Aqui o aluno pode até abandonar pela dificuldade do curso, mas não pela motivação”, diz Meirelles, que é aluno do nono período de engenharia naval da UFRJ.

Na primeira edição do evento, realizada em 2001, apenas UFRJ, USP e Fatec de Jaú mantinham cursos relacionados com a área naval. A primeira turma do curso de engenharia naval da UFPE está atualmente no quinto período e a da UFSC, no sétimo. Nesta universidade inclusive, o aluno inicia o curso de engenharia de mobilidade e a partir do segundo ano escolhe a área a ser seguida. Uma das opções é a engenharia naval.

O Enav tem sido realizado alternando sua organização entre as três instituições diretamente ligadas na formação dos profissionais do setor: USP, UFPA e UFRJ. O evento desse ano foi realizado pela UFRJ, com a participação direta na organização, pela primeira vez, do Curso Superior de Tecnologia em Construção Naval da Uezo. Segundo Meirelles, para o ano de 2013 concorrem a ser sede da nona edição do Enav a UFSC e a Fatec de Jaú. n

 





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