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Já para 2013

Daihatsu vai abrir fábrica de motores de médio e grande porte no Brasil para a indústria marítima


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A Alfa Diesel, associação entre a Comercial Bierges e a Caldepinter, investirá R$ 10 milhões para a montagem de uma unidade industrial em Parada de Lucas, na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, cujas obras começarão em outubro. A empresa  recebeu autorização, sob força de contrato de licenciamento, para produzir os motores Daihatsu no Brasil. O presidente mundial da Daihatsu, Yoshiro Furukawa, participou de cerimônia de lançamento da pedra fundamental da Alfa Diesel, em 10 de julho, no Rio de Janeiro.

Os motores e grupos geradores Daihatsu são bastante conhecidos no Brasil. Estão instalados em diversos navios da Transpetro, frota em operação, e outros foram fornecidos ao Estaleiro Mauá e EAS, dentro do programa Promef, bem como ao Estaleiro Aliança, para barcos de apoio offshore.  No passado, os motores da Daihatsu já foram fabricados no Brasil pela Ishibras.

A nova linha de montagem inclui motores estacionários, grupos diesel geradores e motores para propulsão de embarcações. São equipamentos de médio e grande porte para equipar indústrias eletrointensivas, navios de carga, embarcações de apoio offshore e plataformas de petróleo. O início da produção dos primeiros motores e grupos geradores está previsto para o  terceiro trimestre de 2013.

Na última fase de ouro da construção naval brasileira, nos anos 80, aqui eram produzidos motores MAN pela Mecânica Pesada, em São Paulo. E no Rio, no interior do estaleiro Ishibrás – que está sendo reativado com o nome de Inhaúma  –  eram fabricados motores Sulzer, Pielstick, Wärtsilä e o próprio Daihatsu. Com o fechamento quase total dos estaleiros, acabou a produção nacional de motores e, quando eram encomendados navios, os motores tinham de ser importados, pois não havia escala para instalação de uma unidade produtora. Nos últimos anos, com a recuperação do setor, surgiram notícias de muitos grupos interessados em voltar a fazer motores no Brasil.

A Daihatsu concedeu licença de produção dos seus motores à empresa Bierges, seu agente em pós-venda no Brasil há mais de 25 anos, e à Caldepinter, empresa especializada em montagens metal mecânicas. A gestão comercial e administrativa-financeira caberá às duas empresas em sociedade, mas a produção será comandada estreitamente pela Daihatsu, até que a mão de obra brasileira adquira o grau de produtividade requerido pelos empreendedores.

Em muitos dos 49 navios da Transpetro, barcos de apoio e plataformas, ainda serão usadas unidades da fábrica de Moriyama, no Japão. A partir do terceiro trimestre de 2013, no entanto, começará a sair do forno a produção de motores montados na unidade de Parada de Lucas.

A linha de montagem inclui motores estacionários, motores para geração de energia a bordo dos navios e motores de propulsão para navios – como porta-contêineres de grande porte. Esta será a única fábrica de motores marítimos de porte da América do Sul.

“Críticos dizem que os estrangeiros iriam continuar a vender motores e peças sofisticadas, deixando como participação nacional em navios e plataformas apenas obras de montagem e produtos semiacabados. No entanto, a efetiva entrada da Daihatsu no mercado brasileiro prova que, na nova fase de expansão da construção naval, iniciada em 2003, a política de conteúdo local implicará a produção de itens de alto valor, como agora começa a ocorrer com motores”, destaca a Alfa Diesel em nota.  n






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