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MSC

João Cândido será nome de primeiro navio do EAS

Primeira embarcação do Estaleiro Atlântico Sul será lançado ao mar no dia 3 de maio, marcando o renascimento da indústria naval. Navio será também o primogênito da nova frota da Transpetro
João Cândido é o nome de batismo do primeiro navio construído em Pernambuco. Encomendada pela Transpetro ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no Complexo de Suape, a embarcação será lançada ao mar no próximo dia 3, numa cerimônia capitaneada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Escolhido pela Presidência da República, o nome é uma homenagem ao marinheiro negro que liderou a Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro, em 1910. O petroleiro é o primeiro construído no País em 13 anos, depois que a indústria naval brasileira entrou em colapso.
A simbologia desse lançamento ao mar é tão grande quanto a embarcação, que mede 274 metros de comprimento (o equivalente a dois campos oficiais de futebol), porque marca o renascimento da indústria naval no País. O João Cândido é o primeiro navio construído em Pernambuco, o número 1 do EAS e o primogênito da nova frota de 49 embarcações da Transpetro, encomendada aos estaleiros nacionais via Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).
“O lançamento ao mar do primeiro navio do Promef é um fato histórico. Atravessamos uma verdadeira epopéia para chegarmos a esse ponto. Quando iniciamos o programa, a desconfiança era enorme. Mas este ano, com os primeiros navios sendo lançados, veremos a prova real do acerto e da força do programa, que entra agora em uma nova etapa, inclusive porque já estamos trabalhando para lançar a sua terceira fase”, diz o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
No Atlântico Sul, a correria dos 3.400 funcionários é grande para concluir a montagem do petroleiro. Desde novembro do ano passado, a empresa funciona com expediente de 24 horas e os feriados também foram incorporados à jornada. Depois de flutuar, o trabalho continuará no cais de acabamento para a entrega da embarcação, que deverá ocorrer três meses depois.
O lançamento ao mar é o ritual mais importante da construção de um navio. Na cerimônia, a madrinha quebra uma garrafa de champanhe no costado e faz um discurso desejando boa sorte à embarcação. Para flutuar o navio, o dique cheio é inundado com 24 horas de antecedência. A saída da embarcação é marcada pela abertura da chamada porta-batel, que veda a entrada do dique. A Transpetro ainda não anunciou quem será a madrinha do primeiro petroleiro pernambucano.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)//Adriana Guarda


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