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Laminadora Añon quer aplicar mais R$ 700 mi

A laminadora do grupo espanhol Hierros Añon, que será instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), já planeja outras duas ampliações para o projeto original - o laminador de aço longo. O objetivo, segundo afirmou com exclusividade para o Diário do Nordeste o diretor-presidente do empreendimento, Luiz Eduardo Moraes, é aumentar os tipos de artigos produzidos e, para tal, a empresa prevê a necessidade de um novo investimento, "da ordem de R$ 700 milhões".

"Mas isso é número redondo, sem detalhamento, apenas um custo estimado", ponderou, considerando a possibilidade de o valor variar para menos ou para mais ao longo das obras de construção física.

A primeira ampliação, de acordo com Moraes, corresponde a uma fábrica de aços planos (chapas e bobinas laminadas), de olho no mercado das indústrias de eletrodomésticos da linha branca e automobilística.

Já a etapa seguinte deverá construir o que o diretor-presidente da Silat chamou de acearia. "Aqui, a gente vai produzir o tarugo, que é a matéria prima utilizada para a produção do vergalhão e do fio máquina", contou. Com isso, ele espera dinamizar a laminadora, já que o tarugo deverá ser importado na primeira etapa de funcionamento da fábrica, a qual deve produzir vergalhões e fio máquina.

Adece como acionista

Luiz Eduardo Moraes também informou da possibilidade de a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) ter participação acionária de 10% na laminadora presidida por ele. "Como é o primeiro caso, a Adece tem que seguir a legislação pública e eles estão estudando se é possível e de que forma isso seria possível", contou.

Ele ainda garantiu que a entrada do órgão estadual pode acontecer em qualquer uma das etapas do empreendimento, seja agora na primeira obra ou nas duas ampliações reveladas.

Para o diretor-presidente, a participação da Adece significaria "um respaldo bom para o empreendimento, mesmo sendo um sócio minoritário" e deve "facilitar algumas interlocuções" com possíveis parceiros da Silat.

Licenciamento e prazos

Atualmente, de acordo com Moraes, a Siderúrgica aguarda a liberação da Licença Prévia (LP) pela Superintendência do Meio Ambiente do Ceará (Semace) no próximo dia 16 de agosto. O documento é uma prévia para a Licença de Instalação (LI), o qual possibilita o início das obras. "Esperamos que, no mais tardar, em outubro (deste ano) estaremos com a terraplanagem iniciada", estimou.

Carta consulta no BNB

Orçado em R$ 232 milhões, o projeto para a primeira etapa das obras teve a carta consulta entregue no Banco do Nordeste do Brasil na semana passada. O interesse da Silat é pleitear 40% desse investimento do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, o FNE.

"O início está desvinculado disso (do financiamento do FNE). Vamos começar com recurso próprio e, com o andamento, usaremos o dinheiro liberado pelo banco", detalhou.

Fonte: Diário do Nordeste / Armando de Oliveira Lima






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