Os dois navios prestarão serviço de transporte de bauxita entre os portos de Trombetas e Vila do Conde, no estado do Pará, em contrato da Log-In com a Alunorte. Enquanto os navios não ficam prontos a empresa opera com navios afretados, de menor porte. Atualmente são usados entre três e quatro navios para transportar o mesmo volume de bauxita que um dos novos navios terá capacidade de transportar. O contrato de transporte prevê a movimentação de seis milhões de toneladas de minério de bauxita a granel por ano, com take or pay para 90% desse volume, por um período de 25 anos. A operação para a Alunorte foi iniciada em janeiro do ano passado.
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A operação desenvolvida com a Alunorte é parte da estratégia da Log-In de desenvolver soluções especializadas para logística de cargas na cabotagem brasileira, mediante contratos de longo prazo. O investimento da construção dos navios é de R$ 300 milhões, com recursos do Fundo da Marinha Mercante. A madrinha da embarcação é Rosangela Khoshnessis, esposa do presidente da Alunorte, Dáryush Khoshnessis. O investimento nos dois bauxiteiros soma cerca de R$ 300 milhões enquanto que nos sete navios chega a R$ 1 bilhão.
Para a construção do Log-In Tambaqui foram utilizadas cerca de 13 mil toneladas de chapas de aço. Tem comprimento total de 245 metros, 40 metros de largura e acomodação para 40 tripulantes. O pontal moldado é de 17,60 metros e o calado de 12,08 metros. A velocidade é de 14 nós. A classificação ficou a cargo da Lloyd´s Register. O bauxiteiro é equipado com motor Wartsila 6RT-Flex 50-B com MCR 13560 BHP-métrico; 9960 KW; 124 rpm.
O presidente da Log-In, Vital Jorge Lopes, explica que o projeto destes navios levou em conta a natureza da carga a ser transportada e a região onde irão atuar. Sua hidrodinâmica foi projetada para que tenha uma melhor navegabilidade, deslocando baixo volume de água a fim de não prejudicar a população ribeirinha.