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Com 11 inscritos, leilão terá poucos consórcios

Há 11 empresas inscritas para participar da competição de Libra e que pagaram a taxa de participação de R$ 2 milhões. Das habilitadas, nove companhias entregaram garantias integrais ou parciais de R$ 156 milhões. Duas não pagaram, o que não significa que desistiram de participar. Como previsto nas regras, elas podem já estar associadas a outras empresas em consórcios e, por isso, não precisaram fazer o pagamento de forma individual. Quem ganhar, paga bônus fixo de R$ 15 bilhões ao Tesouro Nacional. Como a Petrobras precisa ter no mínimo 30%, terá que pagar pelo menos R$ 4,5 bilhões. Mas o dispêndio deve ser mais elevado porque a estatal quer uma fatia maior de Libra e está se associando a outras companhias para fazer uma oferta.

Desenhar os consórcios que podem disputar o direito de explorar o maior campo com reserva descoberta oferecido em um leilão no mundo é um exercício quase impossível. O jogo é bilionário, os interesses passam por geoeconomia e geopolítica.

São seis empresas asiáticas - as gigantescas estatais China National Petroleum Corporation (CNPC), China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) e Sinopec (associada no Brasil à Repsol e Galp), a malaia Petronas, a indiana ONGC e a trading japonesa Mitsui. A francesa Total e a Shell (representando o grupo que era chamado de "sete irmãs" no século passado) se somam à colombiana Ecopetrol, a portuguesa Petrogal e a brasileira Petrobras, que vai ser operadora de Libra participando ou não do consórcio vencedor.

Pela regra criada pelo governo brasileiro, a CNOOC e CNPC só podem disputar juntas, não podendo formar consórcios distintos já que ambas são controladas pelo governo chinês. Juntas, as duas têm valor de mercado de US$ 361,2 bilhões e patrimônio líquido de US$ 348,8 bilhões.

Outra estatal da China, a Sinopec, já investiu US$ 12 bilhões no Brasil nos últimos três anos e pode entrar em qualquer consórcio porque não se qualificou sozinha. A empresa inscrita é a Repsol Sinopec Brasil S.A, fruto de uma joint venture que tornou a Sinopec dona de 40% dos ativos brasileiros da espanhola. Não ficou claro se a Repsol Sinopec pretende se associar à Petrogal, que é controlada pela Galp.

Há quem veja a possibilidade de formação de três consórcios que teriam que ser liderados por empresas qualificadas como operador "A". Mas existem os pessimistas que esperam apenas um juntando a Petrobras e as chinesas. Ao longo dessa semana se especulou sobre o nome das companhias que não pagaram as garantias e também se ouviu comentários de que ora a Petronas, ora a Sinopec, estariam de fora. Nada que possa ser confirmado até a segunda-feira.

Rodrigo Vaz, da consultoria IHS Brasil, lembra que nenhum lugar do mundo está oferecendo para concessão um campo do tamanho de Libra em um leilão competitivo e em ambiente regulatório estável.

Fonte: Folha de São Paulo/Cláudia Schüffner | Do Rio






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