A 4ª Rodada de Licitação de áreas de exploração de petróleo e gás no pré-sal, realizada nesta quinta-feira, arrecadou 3,15 bilhões de reais em bônus de assinatura para a União, de um total de 3,2 bilhões esperados, uma vez que uma das áreas não registrou interesse das petroleiras, informou a reguladora ANP.
O governo prevê obter pouco mais de 18 bilhões de reais em bônus de assinatura com leilões este ano, e o resultado do certame desta quinta-feira ajuda o governo a atingir esta meta.
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Em leilão de petróleo sob o regime de concessão, em março, o governo já havia garantido 8 bilhões de reais em bônus, recursos esses que devem ajudar a União a ter um déficit menor em suas contas.
Nos leilões do pré-sal, no regime de partilha, os bônus de assinatura são fixos, uma vez que vence a disputa pelas áreas quem ofertar a maior parcela do excedente da produção.
Numa rodada marcada por disputa por duas áreas nesta quinta-feira (Uirapuru e Três Marias, na Bacia de Santos), o ágio médio do excedente em óleo ofertado foi de 202,3 por cento, segundo a ANP.
O bloco Dois Irmãos (Bacia de Campos) não registrou ágio. Já a área de Itaimbezinho não recebeu ofertas.
“Vamos ver o resultado disso no futuro, por meio da produção de petróleo e gás, geração de empregos, royalties e tributos. As receitas esperadas pela União, Estados e municípios vão crescer em 40 bilhões de reais a mais do que o inicialmente previsto, ao longo desses contratos", afirmou o diretor-geral da ANP, Décio Oddone.
A rodada deu continuidade do calendário de leilões do governo, segundo nota da ANP.
Um quinto leilão do pré-sal está previsto para o dia 28 de setembro e ofertará as áreas de Saturno, Titã, Pau-Brasil e Sudoeste de Tartaruga Verde, localizados nas bacias de Campos e Santos, com expectativa de arrecadação de 6,8 bilhões de reais em bônus.
O calendário de rodadas prevê leilões até 2021: a 6ª Rodada de partilha de produção no pré-sal, e a 16ª, a 17ª e a 18ª rodadas de licitações de blocos, no regime de concessão.
Fonte: Extra