A Petrobras recebeu um total de 40 recursos em duas licitações para a construção de plataformas de perfuração que serão utilizados pela estatal na prospecção dos campos do pré-sal. A primeira licitação, de duas unidades, recebeu sete propostas de seis empresas e um consórcio, com um total de 13 recursos. Já a disputa para a construção de sete sondas recebeu nove propostas e 27 recursos.
"Quem foi eliminado entra com recurso para voltar para o certame. Quem está dentro do certame quer tirar o outro licitante que está dentro e não quer que quem ficou de fora volte", resumiu o diretor-executivo de serviços da Petrobras, Renato Duque. "Esse é o processo normal de uma licitação desse porte. Pretendemos receber até sexta-feira a resposta das empresas quanto aos recursos", acrescentou. O Valor noticiou, semana passada, que os participantes da licitação preparavam uma série de questionamentos em relação às propostas técnicas dos concorrentes.
Outra licitação da Petrobras em andamento é para o afretamento de outras duas unidades de perfuração, cujas propostas devem ser entregues na quinta-feira, depois de um adiamento de uma semana. Embora o processo de afretamento esteja a cargo da diretoria de exploração e produção (E&P), Duque destacou que a expectativa é de que o resultado técnico das propostas leve uma semana para ser divulgado. "Se acontecer o que aconteceu nas duas primeiras licitações, vai ter também uma outra chuva de recursos. Vamos aguardar para ver", ponderou Duque.
O objetivo da estatal é abrir ao mesmo tempo a proposta comercial das três licitações, assim que o E&P concluir a análise técnica para o afretamento das duas unidades. A Petrobras abriu nesse certame a possibilidade para novos projetos, com a proposição de novidades inclusive nos equipamentos de perfuração.
"Quisemos aproveitar o grande número de sondas para introduzir novas tecnologias", explicou o diretor executivo de E&P da companhia, Guilherme Estrella.
Sobre o estaleiro Inahúma, o antigo Ishibrás, arrendado recentemente pela Petrobras, Duque prevê que serão investidos perto de R$ 100 milhões no local para colocar o estaleiro em condições de converter navios em plataformas do tipo FPSO (flutuante, produtora, de armazenamento e para transferência). "Não vamos operar o estaleiro, vamos com certeza disponibilizar o estaleiro para quem possa operá-lo", disse Duque.
Fonte: Valor Econômico/ Rafael Rosas, do Rio
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