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Luizianne vai decidir local com base em ranking

Considerando nota da PMF de que a melhor opção de localização não estaria na Capital, o Pecém pode ser escolhido pela prefeita. A Praia do Portão surgiu recentemente na polêmica
Após várias datas e muita expectativa, a decisão do local do estaleiro pela Prefeitura é mantida para 2ª feira
Amparada por dois grupos de estudos, um financeiro e outro sobre os impactos socioambientais, realizado em cinco linhas de praia, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, garante apontar, finalmente, ao meio dia, da próxima segunda-feira, 7 de junho, uma definição sobre a viabilidade, ou não, do Estaleiro Promar Ceará, encerrando uma novela que já dura dez meses. Realizados em apenas seis dias corridos, por 17 técnicos das secretarias municipais de Infraesturura (Seinf), de Meio Ambiente (Seman) e de Planejamento (Sepla), os estudos pontuaram em um "ranking" de custos e benefícios, as praias do Portão, no Mucuripe; do Pirambu e do Poço da Draga, ambas no Centro da cidade, e as praias do Pecém e de Camocim, no litoral norte cearense, conforme divulgou, com exclusividade, o Diário do Nordeste, na edição de 28 de maio último.
Segundo o secretário Municipal de Infraestrutura, Luciano Feijão, foram feitas avaliações quantitativa dos custos financeiros e qualitativos dos impactos positivos e negativos, vantagens e desvantagens, que o empreendimento traria, em cada uma das áreas analisadas. Conforme disse, foram avaliados os aspectos financeiros e econômicos, ambientais, urbanísticos, sociais e logísticos, e pontuados, um a um, praia por praia, para que a prefeita avalie e assuma uma posição final.
"São valores estimados, que têm o objetivo de estabelecer um ranking, para que a prefeita adote uma posição", explicou na tarde de ontem, o secretário. Ele revelou ainda, que levantamentos de campo, ou seja, "in loco", foram realizados apenas em quatro praias, e que a avaliação de Camocim foi feita com base em cartas náuticas.
A partir desses dados, a prefeita apresentará no fim da manhã ou início da tarde de segunda-feira próxima, uma definição sobre o assunto. "Ela vai reunir os técnicos, avaliar os trabalhos (levantamentos) e dizer qual a posição oficial do Município", garantiu Feijão.
Fortaleza fora?
Questionado sobre a nota divulgada no boletim de comunicação da Prefeitura, onde consta que os estudos realizados pelos técnicos municipais indicam que o litoral de Fortaleza não é o local mais apropriado para instalação do estaleiro, Feijão respondeu dizendo apenas que "todos (os locais estudados) têm possibilidades, mas o ranking é quem vai apontar". Ele confirma que a resposta mantém o impasse em torno do local e que apenas dá subsídios para mais um "capítulo da novela", cuja cena final será protagonizada pela prefeita Luizianne Lins. Vale lembrar que Pecém, é distrito de São Gonçalo, que juntamente com Camocim, também cotados no estudo, mas são de responsabilidade de outras gestões municipais, que não Fortaleza. Além disso, por diversas vezes, Paulo Haddad e o governo estadual reforçaram que o Pecém é localização mais dispendiosa para abrigar o empreendimento.
O secretário Luciano Feijão afirmou ainda que o empresário Paulo Haddad, diretor presidente do Estaleiro Promar Ceará, já tem, em mãos, desde a tarde da última quarta-feira, todos os dados dos levantamentos realizados pela Prefeitura.
Empurra-empurra
Perguntado se os estudos não teriam sido feitos tarde demais, a apenas um mês da data limite para que a empresa PJMR assine o contrato com a Transpetro para construção de oito navios gaseiros - razão de ser do estaleiro - Luciano Feijão disse que caberia ao empresário e não à Prefeitura, apresentar o levantamento de viabilidade técnica para um investimento privado.
"Quem deveria ter apresentado os projetos antes era o empresário e não a Prefeitura. Nenhum dos atores (PJMR ou governo do Estado) nos apresentou nada antes", respondeu o secretário. Conforme justificou, o que a Prefeitura tinha era apenas uma proposta de um projeto virtual, apresentado por Paulo Haddad, no dia 12 de abril último. Neste encontro, a prefeita permaneceu apenas 30 minutos, tempo insuficiente para conhecer detalhes do projeto.
Já o empresário diz que cabe ao governo do Estado e à Prefeitura apontarem o local para o empreendimento. E nesse jogo de empurra-empurra e de contradições, o impasse continua. Na outra ponta, o secretário estadual de infraestrutura, Adail Fontenele, afirma que não se pronuncia sobre a localização do empreendimento e que a contribuição do Estado será de US$ 30 milhões, e "nada mais".
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO






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