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Lupatech Oilfield lança nova operação no Brasil

A recém-criada Lupatech Oilfield Services (Lupatech OFS), empresa de prestação de serviços de intervenção em poços da qual a Lupatech tem 85%, espera obter entre 10% e 12% do mercado de serviços em poços de petróleo na América Latina até 2015. Atualmente, esse mercado, excluídas as operações no pré-sal, movimenta US$ 4,3 bilhões por ano e a expectativa é poder atingir, até 2015, US$ 5,7 bilhões. A nova companhia inicia suas operações com a aquisição da colombiana Hydrocarbon Services (HS), que fechou 2009 com receita próxima a US$ 12,5 milhões. Do total da receita da HS, cerca de US$ 3 milhões vieram de contratos com a Petrobras na Colômbia.
A empresa não divulga estimativa de receitas para o primeiro ano de operações, mas seus executivos afirmaram que, no curto prazo, pretendem entrar também no Brasil e no México. O diretor financeiro da Lupatech, Thiago Alonso de Oliveira, afirmou que o começo das operações brasileiras poderá ou não acontecer via aquisição.
Além da Lupatech, a nova companhia tem como sócia a Penta Oil Field Services, dos executivos João Carlos De Luca, ex-presidente da Repsol no Brasil; Carlos Portela, ex-executivo da BP na Colômbia, e Cesar Paolini, ex-vice-presidente da Schlumberger na América Latina, que será o presidente da Lupatech OFS.
De Luca espera o início das operações no Brasil para este ano e ressaltou que o objetivo da empresa é tornar-se um ator regional em um setor controlado por multinacionais, como Schlumberger e Halliburton. A estratégia inicial é oferecer preços competitivos em poços terrestres. "Não vamos competir com os grandes do setor. Há uma demanda muito grande no Brasil, Colômbia e México, para poços com idade mais avançada, que precisam de custos menores", frisou De Luca, que será conselheiro da Lupatech OFS.
O presidente da Lupatech, Nestor Perini, afirmou que a nova empresa poderá aproveitar sinergias com a controladora e se mostrou otimista com a possibilidade de atuar também no mercado offshore. "As companhias são absolutamente complementares em muitas coisas", ressaltou Perini.
Apesar de o início das operações no Brasil não depender de uma aquisição, Paolini afirmou que "já olhamos" empresas no país. A empresa tem US$ 16 milhões para investimentos, sendo que parte disso já foi usado na compra da HS.
"Estamos como um player pequeno em um jogo de empresas grandes. Temos que queimar etapas e nos aproximarmos das líderes", frisou Paolini. "A internacionalização é imprescindível para o crescimento", acrescentou, citando Peru e Bolívia como possíveis países para expansão.
A controladora, que na segunda-feira divulgou o resultado financeiro de 2009, acredita que a recuperação econômica global pode contribuir para resultados mais robustos em 2010. No ano passado, apesar de a empresa ter revertido o prejuízo de R$ 29 milhões de 2008 para um lucro de R$ 15,4 milhões, a receita líquida da empresa caiu 21,2%, para R$ 555 milhões, devido à crise financeira.

Fonte: Valor Econômico/ Rafael Rosas, do Rio


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