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Megajazida pode dobrar atuais reservas do Brasil

ANP divulga que poço de Libra tem de 3,7 bilhões a 15 bilhões de barris de petróleo recuperável

A área de Libra tem o potencial de dobrar as atuais reservas brasileiras de petróleo e gás. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o local tem de 3,7 bilhões a 15 bilhões de barris de óleo equivalente e, se confirmar o teto no futuro, será a maior descoberta já feita na região até o momento.

Em nota, a agência afirmou ser “importante destacar que somente este prospecto de Libra pode vir a ter um volume de óleo recuperável superior às atuais reservas provadas brasileiras, próximas de 14 bilhões de barris de petróleo”.

O poço situa-se a 183 quilômetros da costa fluminense, em lâmina d’água (distância do nível do mar até o fundo) de 1.964 metros.

Até o momento, a profundidade atingida é de 5.410 metros, com 22 metros perfurados no pré-sal. Deve chegar a cerca de 6,5 mil metros no início de dezembro.

O relatório da certificadora Gaffney Cline, que fez o estudo a pedido da ANP, aponta que o mais provável é de que a área de Libra tenha 7,9 bilhões de barris, baseado num fator de recuperação de 25%. A área de Tupi, também no pré-sal da Bacia de Santos, tem reservas estimadas de 5 bilhões a 8 bilhões de petróleo e gás. Em comunicado, a ANP ressalta que a descoberta “valoriza enormemente o patrimônio da União”.

Mas no mercado financeiro a atitude da ANP foi criticada. O presidente da agência, Haroldo Lima, vazou a informação na tarde de quinta-feira, em pleno funcionamento da bolsa de valores, de que a área de Libra poderia ter até 16 bilhões de barris.

Como se tratava da última semana antes da eleição, analistas esperavam a qualquer momento um anúncio capaz de impulsionar as ações da Petrobras. Segundo Erick Scott, da corretora SLW, havia a especulação de que a Petrobras – e não a ANP – iria divulgar uma descoberta ainda maior do que Tupi.

Os papéis PN (sem voto) subiram 1,49% na segunda, 5,2% na terça e 1,31% na quarta. Ontem, no dia do anúncio, recuaram 1,56%.

Para Heloisa Bedicks, superintendente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), as autoridades do setor público deveriam ter bom senso antes de fazer declarações sobre informações sigilosas.

– Assistimos neste ano a vários ruídos envolvendo estatais. Parece que as pessoas não entendem que uma determinada declaração, enquanto o mercado está aberto, pode provocar um rebuliço. Falta um pouco de profissionalismo e de bom senso.
Fonte:Diário Catarinense



Yanmar

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