Projeção para 2020 é de 5,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe)
RIO - O Plano de Negócios da Petrobrás para o período de 2010-2014 manteve as metas de crescimento para a Companhia, numa taxa de 9,4% por ano até 2014 ou 7,1% ao ano até 2020. A meta de produção de petróleo é de 3,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe) em 2014 e projeção de 5,4 milhões de boe em 2020.
Deste volume, em 2014 serão 2,98 milhões de barris de óleo por dia no Brasil e em 2020, 3,95 milhões de barris de óleo.
No pré-sal, a meta prevê 152 mil barris de óleo em 2014 e 1,183 milhão em 2020. A produção de gás no Brasil deve saltar de 316 mil boe em 2009 para 623 mil boe em 2014 e 1,109 milhão de boe em 2020.
Para 2010, a estatal estabeleceu a meta de 2,723 milhões de boe (7,8% acima de 2009), dos quais, 2,1 milhões são de óleo no Brasil (6,5% superior a 2009), 384 mil boe de gás (21,5% a mais), 146 mil barris de óleo em área internacional (3,5% sobre 2009) e 93 mil boe de gás internacional (-4,1%).
Demanda
O Plano de Negócios prevê que a demanda de gás natural no Brasil alcançará 126 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em 2014, um crescimento de 173,9% em comparação com os 46 milhões de m³/d apurados em 2009. Apesar da expansão do período, a previsão sobre dinâmica do mercado de gás do novo plano é inferior à expectativa do Plano de Negócios 2009-2013, no qual a estatal projetava uma demanda total de 135 milhões de m³/d em 2013.
Dos 126 milhões de m³/d projetados para 2014, a Petrobrás aponta que 40 milhões de m³/d deverão ser demandados pelas indústrias, 50 milhões de m³/d pelas termelétricas, 4 milhões de m³/d pelo segmento de fertilizantes e 32 milhões de m³/d dos consumidores classificados como "outros usos", que incluem residências, comércio e o gás natural veicular (GNV) - é justamente na linha "outros usos" que há uma previsão de queda sobre a visão de mercado entre os planos. Isso porque no planejamento entre 2009-2013, a estatal previa que esses clientes consumiriam 45 milhões de m³/d em 2013.
Refino
A Petrobrás prevê que a sua capacidade de refino no Brasil passará dos atuais 1,83 milhão de barris por dia (bpd) para 2,3 milhões de bpd em 2014. Segundo a estatal, esse crescimento reflete, principalmente, a entrada em operação da Refinaria Abreu e Lima (PE), da Refinaria Premium I e da primeira fase do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que, neste primeiro momento, terá a capacidade de processar 165 mil bpd para produção de derivados de petróleo, principalmente o diesel.
Em 2020, a companhia trabalha com uma capacidade de processamento de 3,2 milhões de bpd, com a entrada em operação, após 2014, da Refinaria Premium II e da segunda fase do Comperj, que terá sua capacidade expandida em mais 165 mil bpd para a produção de insumos petroquímicos básicos. Desta maneira, a Petrobrás afirma que estará preparada para atender o aumento da demanda de derivados do mercado brasileiro, que alcançará 2,4 milhões de bpd em 2014 e de 2,8 milhões de bpd, em 2020.
Fertilizantes
A Petrobrás informou que o novo plano de investimentos também tem como objetivo aumentar a flexibilidade do Gás Natural e da geração de Energia Elétrica, com a transformação química do combustível. Para tanto estão previstas no novo plano três novas unidades de fertilizantes para a produção de nitrogenados (Amônia e Uréia) em sinergia com outros ativos da Petrobrás.
Com isso, a expectativa é de que a produção de fertilizantes, que hoje é de 1,118 milhão de toneladas por ano (274 mil de amônia e 844 mil de ureia) passe para 1,374 milhão de toneladas em 2014 (298 mil de amônia e 1,076 milhão de ureia), quando entram em operação duas unidades, e salte para 2,911 milhões (2,104 milhões de ureia e 807 mil de amônia) em 2015, quando entrará a terceira unidade em operação.
Fonte: Agência Estado/Kelly Lima e Wellington Bahnemann
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