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Metais e petróleo fecham mês sem tendência única

Em um mês sem tendência comum no mercado de metais, o níquel manteve-se como destaque, sustentando alta de quase 40% no acumulado do quadrimestre. A forte valorização do metal é atribuída à produção crescente de aço inoxidável (que leva altas doses de níquel), à recuperação gradual das compras europeias e ainda à atuação de especuladores. Na ponta oposta, em abril, os contratos de cobre lideraram as baixas dentre os mais negociados na Bolsa de Metais de Londres (LME), diante do pequeno efeito do terremoto, que atingiu o centro-sul do Chile, no fim de fevereiro, nas minas e no escoamento da matéria-prima.
Na avaliação do analista Leonardo Alves, da Link Investimentos, a tendência é de alta para os metais neste ano, em relação a 2009, quando o preço das commodities mergulhou junto com as principais economias do mundo. "Mas o ritmo de mais de 100%, como no caso do níquel, não deve se manter", afirma o especialista. "Os preços ficarão pelo menos estáveis (em relação à cotação atual)."
A principal ressalva fica por conta das notícias relativas à saúde fiscal da Grécia e de países como Espanha e Portugal, que geraram perdas no mercado de metais nos últimos dias e podem pressionar os negócios este mês. Caso a recuperação nos países europeus seja comprometida, alertam analistas, as commodities deverão devolver parte dos ganhos acumulados desde o ano passado.
No mês passado, os contratos de níquel com vencimento em três meses tiveram valorização de 3,70%, para US$ 25.900 - em 12 meses, a alta é de 122%. Em reportagem da semana passada, o "Financial Times" destacou que os ganhos do metal já teriam chamado a atenção de especuladores, que foram apontados como os grandes responsáveis pelos preços de US$ 50 mil alcançados em 2007.
No caso do cobre, cujo contrato com vencimento em três meses perdeu 5,69% em abril, para US$ 7.395,50, a expectativa é a de nova rodada de valorização. Conforme analistas, a China segue encomendando volumes crescentes do metal, o que impulsiona os preços no mercado internacional.
Mais instável do que as commodities metálicas neste ano, o petróleo contrariou as expectativas, que apontavam para oscilação do contrato em torno de US$ 80, e agora ruma para os US$ 90. Durante conferência do Oriente Médio sobre petróleo e gás no mês passado, autoridades do Kuwait afirmaram que as cotações deverão se manter entre US$ 75 e US$ 85 o barril em 2010. Contudo, ainda em abril, o tipo Brent rompeu o intervalo estimado e encerrou o mês negociado a US$ 88,45, alta mensal de 6,25%. O barril do tipo WTI, por sua vez, fechou a sessão de sexta-feira em Nova York a US$ 88,36, com valorização de 4,97% no mês.

Fonte: Valor Econômico/ Stela Fontes, de São Paulo

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