Os metalúrgicos do Setor Naval e Grupo-19 (Firjan) aprovaram as propostas apresentadas pelo Sindimetal-Rio em assembleias realizadas nos dias 26 e 27. No Setor Naval, a categoria realizou um acordo histórico que garantiu a equiparação salarial com os trabalhadores de Niterói, que até esse ano era superior.
No setor naval, o piso profissional passa para R$ 1.650,00 (retroativo a 1º de outubro) e R$ 1.800,43, em fevereiro de 2012. Aqueles que recebem acima do piso terão aumento de 8,5%. Além disso, os trabalhadores do setor naval receberão a PLR de R$ 1.000,00 em maio de 2012.
Segundo o presidente do Sindicato, Alex Santos, “este foi um acordo histórico, que deve ser comemorado por todos, pois alcançamos a equiparação salarial, um objetivo nosso há muitos anos. Parabéns aos trabalhadores do setor naval, que agora buscarão ainda mais conquistas”.
O diretor do Setor Naval, Bento, relembrou os anos anteriores, quando a indústria naval praticamente desapareceu: “Hoje eu fico muito orgulhoso quando vejo a gente discutir a equiparação salarial. Digo isso porque muitos sabem que amargamos anos e mais anos sem aumento. Veio o presidente FHC que teve a cara de pau de dizer que o Brasil não tinha condições de fabricar navios e plataformas. Hoje, graças ao Lula, temos a vantagem de ter o trabalho de volta, com respeito e dignidade”.
Para os trabalhadores do Grupo-19, o reajuste é de 8,5%, retroativo a 1º de outubro. Os pisos salariais, incluindo o piso profissional, terão aumento de 10%.
Segundo o acordo, o Jovem aprendiz receberá 85% do piso salarial respectivo de cada empresa. Foram mantidas também as demais cláusulas da convenção com as atualizações necessárias.
O presidente da CTB-RJ e diretor do Sindicato, Maurício Ramos, destacou o apoio da Central e disse que “agora é continuar a luta da categoria, pois ainda temos algumas questões que precisam avançar e isso só vamos conseguir com muita pressão”.
Segundo Alex Santos, foram as paralisações que empurraram a negociação. “Os trabalhadores tiveram papel fundamental nesta campanha e estão de parabéns. Mas esse resultado não encerra a luta nas fábricas, onde tiver outras questões pendentes nós estaremos presentes”.
Fonte: Vermelho
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