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MMX sem o X

Indiano Lakshmi Mittal quer comprar o controle da MMX, de Eike Batista. O negócio é bom para quem?
Por Guilherme Queiroz
A MMX Mineração e Metálicos pode perder o X, a letra inseparável nas siglas que identificam as empresas do bilionário Eike Batista. O empresário negocia a venda de uma fatia de 43,55% que tem na empresa.

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Eike Batista: nos últimos meses, ele saiu à caça de sócios para seus negócios

Um comunicado da mineradora à Comissão de Valores Mobiliários, enviado na quarta-feira 4, confirmou que as conversas existem, mas nada está acertado. “A companhia permanece atenta ao movimento de consolidação do setor e acredita que tal movimento pode vir a gerar importantes oportunidades de negócios”, diz o documento, assinado pelo diretor-presidente, Roger Downey.

Dois gigantes internacionais já teriam manifestado interesse em comprá-la: a americana Cliff Natural Resources e a indiana ArcelorMittal, do magnata do aço Lakshmi Mittal. A empresa indiana não comentou, mas em entrevista à agência Dow Jones, o presidente da Arcelor-Mittal Serra Azul, Sebastião Costa Filho, confirmou as negociações com Eike.

O negócio envolveria ainda a LLX, também controlada por Eike e seu porto Sudeste, em construção em Itaguaí (RJ), com investimentos de R$ 1,8 bilhão. Melhor rota de escoamento de minério da região, com conclusão prevista para 2011, o terminal é considerado o mais valioso ativo do bilionário.

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Lakshmi Mittal: magnata indiano enxerga o negócio como uma oportunidade de ampliar a produção no País


Com produção atual de quatro milhões de toneladas de minério de ferro – o Brasil extraiu 300 milhões de toneladas em 2009 –, a Arcelor Mittal tem dificuldades para escoar a produção de suas minas em Serra Azul e Andrade (MG) e recorre a um terminal da Vale, em Itaguaí, para exportar.

Tornar-se dona ou sócia do porto de Eike significaria incorporar um ativo estratégico para os planos de ampliar a capacidade de produção para 15 milhões de toneladas até 2014. “O grande problema da Arcelor é não ter um porto. Se não comprar o Sudeste, fica sem rota para exportar milhões de toneladas”, diz Raphael Biderman, analista do Bradesco.

Para Eike o negócio pode ser a solução para a MMX. Isso porque a meta da companhia é chegar a uma produção de 33,5 milhões de toneladas em 2014. Hoje, as minas de Minerminas e AVG produzem só dois milhões de toneladas. A esperança era aumentar a produção com a mina de Bom Sucesso, ainda inexplorada.

Segundo o mercado, os estudos geológicos mostraram uma reserva menor que a inicialmente estimada. Por isso, Eike saiu à caça de sócio. Em novembro, vendeu 21,3% para a chinesa Wuhan Steel, que se comprometeu a comprar metade da produção da empresa e construir uma siderúrgica no porto Sudeste.

A recuperação do preço do minério nos últimos meses torna a MMX atraente. “O porto é um grande ativo, mas o preço do minério também é atraente”, avalia Pedro Galdi, analista-chefe da SLR Corretora.

Fonte: Istoé Dinheiro


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