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MPor discute uso do FMM para projetos de integração ferroviária com portos

Costa Filho afirmou que governo trabalha para apresentar, em janeiro, programa voltado ao financiamento de ferrovias estratégicas para operação portuária


O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) realizou, na última terça-feira (2), uma reunião para avançar na proposta de utilização do Fundo da Marinha Mercante (FMM) em projetos ferroviários vinculados à operação portuária. O encontro com representantes do setor logístico ocorre dois meses após o ministro da pasta, Silvio Costa Filho, defender em um evento a possibilidade de uso de recursos do FMM em projetos ferroviários que operem nas poligonais dos portos brasileiros.


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Na reunião, Costa Filho afirmou que o governo trabalha para apresentar, em janeiro de 2026, um programa nacional de crédito voltado ao financiamento de ferrovias estratégicas para a operação portuária. O objetivo, segundo o ministro, foi discutir critérios para ampliar investimentos integrados e fortalecer corredores de transporte. Ele destacou que a integração entre ferrovias e portos é fundamental para ampliar a competitividade logística do país.

Na ocasião, o MPor apresentou as bases de um programa desenvolvido em parceria com o Ministério dos Transportes e o setor produtivo, que considera o potencial do FMM, atualmente voltado à navegação e à infraestrutura portuária, para financiar trechos ferroviários que atendam diretamente os portos ou corredores estratégicos.

Com cerca de R$ 24 bilhões em caixa, o fundo tem capacidade para apoiar obras de acesso e expansões que reduzam custos e aumentem a eficiência operacional. A portaria 424/2024 do MPor estabeleceu, no entanto, que a prioridade de financiamento do FMM é a indústria naval, reforçando o que já estava previsto na Lei 10.893/2004. Na prática, a portaria garantiu um mínimo de 70% do orçamento anual do fundo setorial para a indústria naval e definiu uma ‘trava’ de, no máximo, 30% a serem destinados a projetos de infraestrutura aquaviária, que abarca o setor portuário e o desenvolvimento de hidrovias.

“Estamos estruturando um grande programa de fortalecimento do financiamento ferroviário com apoio do Fundo da Marinha Mercante. Quando a ferrovia chega ao porto, ampliamos capacidade, reduzimos custos logísticos e fortalecemos todo o setor portuário do país”, disse Costa Filho.

O secretário nacional de ferrovias, Leonardo Ribeiro, acrescentou que a conexão entre os dois modais é decisiva para o sucesso da Política Nacional de Ferrovias e da nova carteira de leilões. Ele lembrou que o modal ferroviário é responsável por grande parte das exportações brasileiras, incluindo 95% do minério de ferro e 40% dos granéis agrícolas destinados aos portos.

Na reunião também foi discutida a criação de um mapa integrado que correlacione ferrovias existentes, projetos em execução e expansões planejadas aos portos, contribuindo para a priorização técnica dos investimentos. Outro ponto tratado foi a ampliação da participação de bancos privados no financiamento, com objetivo de aumentar a oferta de crédito e acelerar a execução dos projetos.

O MPor reiterou que o FMM já contempla operações de infraestrutura portuária e aquaviária e que qualquer mudança para incluir projetos ferroviários depende de avaliação técnica e de deliberação do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), além de decisão de alta governança do governo federal.

De acordo com o MPor, a agenda contou com a participação da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), da MoveInfra, da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) e da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), que contribuíram com análises e perspectivas do setor.

 

 






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