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Mudança em vistos afeta Petrobras e outras empresas

Empresas que operam para a Petrobras – e Ambev, General Motors e outras gigantes – estão sendo prejudicadas com mudança no sistema de vistos de técnicos estrangeiros. Em decorrência disso, há atraso na instalação de equipamentos. O fato é mais grave para a Petrobras, que, visivelmente, tem pressa para colocar plataformas em operação e precisa da mão-de-obra dos especialistas de fora. Por muito tempo, técnicos que vinham instalar equipamentos importados tinham visto de 90 dias, que podia ser renovado duas vezes e chegar a 270 dias. Desde o fim do ano passado, a Resolução Normativa 100, do Conselho Nacional de Imigração, vinculado ao Ministério do Trabalho, criou uma facilidade: em vez do Visto Temporário V (chamado de Vitem 5), ser pedido apenas em Brasília, pode ser requisitado em qualquer embaixada ou consulado. O lado negativo é que, após 90 dias, o estrangeiro tem de se afastar do país e ficar em quarentena por 180 dias. Isso está sendo muito prejudicial à Petrobras.

Um importador de equipamentos caros e sofisticados informa à coluna que, para cada máquina importante, pelo menos um técnico tem de vir ao país para ajudar na instalação e início de operação de máquinas. No caso dessa empresa, o técnico precisa atender a inúmeras plataformas da Petrobras e não pode concluir seu trabalho em menos de 200 dias. No entanto, devido à mudança no Vitem 5, o especialista terá de voltar a sua sede e em seu lugar virá um empregado de menor qualificação. Como não participou dos diálogos de seu antecessor com os brasileiros, muita coisa terá de ser refeita. Além do mais, a fonte confirma o que foi denunciado por sindicatos de petroleiros: as novas plataformas da Petrobras, especialmente a P-62, saíram dos estaleiros incompletas, diante da necessidade política de se anunciar medidas para aumento de produção. Com a instalação de plataformas cruas, o trabalho desses técnicos estrangeiros se faz ainda mais necessário.


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Além dessa informação, a fonte empresarial comenta ser injusto se criticar estaleiros e empresas nacionais pela demora na fabricação de plataformas e outros equipamentos. Lembra que os grandes grupos internacionais possuem dezenas de plataformas prontas para serem alugadas, de forma instantânea. A demora consiste apenas em se transferir o equipamento do Mar do Norte, da África ou do Golfo do México para o Brasil. Para plataformas importadas, a Petrobras faz exigências genéricas – definindo apenas o porte desejado; já no caso de plataformas nacionais, a estatal apresenta especificações em diversos volumes. A partir daí, há que se fazer projeto, licitar a obra, requisitar pessoal – às vezes dar treinamento específico – e, além disso, obedecer a inspeções de fiscais de todos os tipos e origens.

Conclui a fonte: “É uma brincadeira se comparar o prazo para aluguel de uma plataforma estrangeira com a fabricação e projeto de uma brasileira. Quanto ao preço, aqui até o parafuso é mais caro e, além disso, a plataforma será nova, enquanto as estrangeiras já vêm amortizadas, após anos de serviço pelo mundo.”

Fonte: Monitor Mercanti/Sergio Barreto Motta

 






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