A Navalshore - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore teve início nesta quarta-feira, 3 de agosto, no Rio de Janeiro. A cerimônia de abertura contou com a presençado presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça; do presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Bruno Lima Rocha; do presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha; superintendente nacional da Caixa Econômica Federal, José Humberto Pereira; do presidente da Transpetro, Sérgio Machado; do secretário substituto de Fomento para Ações de Transporte do Ministério dos Transportes, Luis César Brandão Maia; e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Júlio Bueno; do presidente da UBM Brasil, Joris van Wijk; e do vice-presidente Senior da UBM Asia, Michael Duck.
O presidente da Abenav, Augusto Mendonça, destacou que a prevista produção da Petrobras de 6,5 bilhões de barris/dia proporcionará um acréscimo significativo de encomendas para o setor naval nos próximos 10 anos. "Foi informado pela estatal que serão 105 novas plataformas entre perfuração e produção e, pela nossa conta, serão mais de 550 barcos de apoio necessários e mais de 100 navios que deverão ser construídos nesse período. Pra nós, isso é muito positivo", disse.
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O presidente do Syndarma, Bruno Rocha, ressaltou que a demanda do setor de óleo e gás tem sido respondida pelo segmento de apoio marítimo. Mas enfatizou que o país tem carência de oficiais mercantes para acompanhar o crescimento da demanda. "Teremos que utilizar mão de obra estrangeira enquanto não formamos mais oficiais aqui", lamentou. O presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha, destacou o bom momento e convidou empresas internacionais do segmento a se instalarem no país."Que venham os estrangeiros, porque a vez agora é do Brasil", disse.
O superintendente nacional da Caixa Econômica Federal, José Humberto Pereira, destacou os pedidos de financiamento de mais de R$ 5 bilhões em análise hoje na CEF. "Assinaremos o primeiro contrato ainda neste mês", previu. Pereira lembrou que há cerca de um ano foi criada na Caixa uma superintendência regional dedicada exclusivamente à cadeia de petróleo e gás.
Na avaliação do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, a indústria naval passa por um momento especial. "É o século de sorte do Brasil, onde a preparação encontrou a oportunidade", opinou. Ele afirmou ainda que é necessária a implantação de mais três estaleiros no país para a construção de navios e outros dois de reparo e, assim como Rocha, convidou as empresas estrangeiras a se istalarem no país. "É a hora da oportunidade, mas desde que também venha a tecnologia", frisou. Machado disse também que a companhia está criando a Academia Marítima Transpetro para formar mão de obra marítimos.
O secretário substituto de Fomento para Ações de Transporte do Ministério dos Transportes, Luis César Brandão Maia, disse que o país passou do tempo em que se tinha mais recursos que projetos. "Hoje, a situação é bastante inversa. E o governo, percebendo que é uma indústria que veio pra ficar, vem fazendo aportes e incentivando o setor", disse.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Júlio Bueno. Em sua avaliação, o Brasil vive um momento único. Bueno destacou que o estado tem em construção hoje quatro estaleiros: o OSX, a unidade que será implantada pela Marinha do Brasil para construir submarinos, o Inhaúma (ex-Ishibrás) e a segunda unidade do Aliança. "No total, serão gerados cerca de 25 mil novos empregos", contabilizou. Ele anunciou ainda que o governo vai oferecer um pacote de incentivos para empresas de navipeças que queiram se instalar no país.
Da Redação