Embarcação avaliada em R$ 20 milhões se incendiou de forma ainda misteriosa no litoral gaúcho
O armador do navio turco Düden tem até as 15h de amanhã para informar se pretende ou não recuperar a embarcação, que se incendiou de forma ainda misteriosa no litoral gaúcho, em novembro do ano passado. Do contrário, a Marinha abre imediatamente o processo para leiloar o navio, atracado em Rio Grande.
O prazo se iniciou em dezembro, quando o graneleiro, que pegou fogo na altura de Tramandaí, chegou ao sul do Estado. Após apreender o Düden, a Marinha abriu o processo de perdimento, encerrado e publicado há duas semanas no Diário Oficial e em jornais gaúchos e cariocas. Ainda foram concedido mais uns dias para que o armador recorresse da decisão.
O prazo termina nesta quinta-feira, decisão já informada à Embaixada da Turquia no Brasil. Proprietária do graneleiro, a empresa Sotrade precisa enviar um representante até a sede da Capitania nos Portos, em Rio Grande. Além disso, deve ressarcir a Marinha pelos gastos para rebocar, retirar 160 toneladas de óleo do tanque e guarnecer o navio nos últimos meses.
Como até o momento ninguém se manifestou, o capitão dos portos Sérgio Luiz de Vasconcelos acredita que o Düden será leiloado. A decisão de levar a embarcação à venda pública, sem data prevista, foi revelada pelo próprio Vasconcelos. A Marinha poderia incorporar o graneleiro à sua frota, porém acredita que o leilão é a melhor forma de se ressarcir. Haveria inclusive compradores interessados na embarcação, avaliada em R$ 20 milhões.
O Düden se incendiou na madrugada do dia 21 de novembro, matando um oficial de segurança. O Comando do 5º Distrito Naval da Marinha mobilizou sua frota para realizar o salvamento da tripulação: 22 homens, sendo 20 da Turquia e dois do Azerbaijão. O inquérito administrativo para apurar as causas do fogo será encerrado em novembro.
Fonte: Diário Gaúcho/Julieta Amaral
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