Unidade da MBS voltada para construção de módulos e reparos pode impulsionar porto da capital gaúcha em 2015 >> A MB Serviços de Manutenção e Reparos Industriais (MBS) espera iniciar a fabricação e montagem de módulos para FPSO em Porto Alegre (RS) no primeiro semestre de 2015. Para isso, a expectativa da empresa é que o projeto de seu estaleiro no polo naval de Guaíba obtenha licença da secretaria municipal do meio ambiente até fevereiro do próximo ano.
No porto da capital, a empresa deverá ocupar duas áreas, que somam 13,4 hectares: o Cais de Navegantes e o Cais Marcílio Dias (bairro Vila Deprec). Cada um deles será construído em uma das duas etapas da obra.
Enquanto o primeiro tem previsão de ficar pronto nos seis primeiros meses de 2015, o segundo deve entrar em operação até o final do mesmo ano. A nova unidade da MBS, cuja matriz fica em Itaboraí (RJ), prevê investimentos da ordem de R$ 50 milhões, incluindo equipamentos. A expetativa da empresa é que durante a fase operacional sejam gerados até mil empregos, sendo 500 empregos diretos e 500 empregos indiretos.
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Em outubro, a MBS assinou protocolo de intenções com a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) do Rio Grande do Sul. Para o superintendente de Portos e Hidrovias, Arlindo Bonete, a instalação da empresa é importante para o renascimento do porto. “Temos no porto de porto Alegre uma extensão de oito quilômetros que pode ser melhor aproveitada. Dessa forma, a MBS está trazendo vida para o porto através de novos investimentos", projeta Bonete.
O decreto 51.103/2014, publicado no Diário Oficial do estado, estabeleceu o Polo Naval de Guaíba e deve facilitar o desenvolvimento desse tipo de empreendimento. Com matriz em Itaboraí (RJ), a MBS pretende instalar o estaleiro para construção naval e canteiro para a fabricação de módulos para navios-plataforma que serão utilizados pela Petrobras. A proximidade do polo naval de Rio Grande também contribuiu para o projeto, que conta com apoio da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI).
O diretor comercial da MBS, Reginaldo Novais, conta que a intenção da empresa com o novo estaleiro é atender às demandas dos municípios de Charqueadas, Rio Grande e São José do Norte que têm estaleiros importantes como EBR, Quip e Ecovix. Os módulos fabricados serão transportados por balsa, saindo pelo Rio Guaíba.
Novais revela que o estaleiro também fará reparos de embarcações de apoio e da Marinha. “Estamos nos preparando e montando o estaleiro para executar esse tipo de serviço”, conta Novais, da MBS. Atualmente, a matriz em Itaboraí atende aos trabalhos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e para as plataformas P-67 e P-70.
O diretor comercial da MBS conta que, enquanto aguarda o licenciamento, a empresa está aproveitando o aquecimento do mercado para buscar parcerias com as empresas instaladas na região. Ele acrescenta que a expectativa de demandas é muito boa para o setor de petróleo e gás. “Não tem como parar a cadeia produtiva de óleo e gás”, acredita Novais.
