O Estaleiro Promar S.A e o governo de Pernambuco vão montar uma espécie de força-tarefa para qualificar mão de obra para o empreendimento, que será o segundo a se instalar no polo naval do Complexo de Suape. A proposta é formalizar um convênio entre a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sectec), a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, a Universidade de Pernambuco (UPE), o Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) e a empresa para capacitar, inicialmente, 400 profissionais para a indústria naval.
O titular da Sectec, Marcelino Granja, diz que o convênio deverá ser assinado dentro de um mês, depois que a equipe técnica do Promar repassar a demanda de mão de obra. “Só depois disso vamos definir os termos do convênio, mas a ideia inicial é capacitar pelo menos 200 profissionais de nível técnico e outros 200 de nível superior”, adianta. O secretário explica que a Sectec foi convocada a participar do processo porque é a pasta que cuida do ensino superior e de tecnologia dentro do governo.
No projeto de qualificação para o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) - primeiro a se instalar em Suape - o governo de Pernambuco também participou, com o apoio das secretarias de Educação e Juventude e Emprego. Cerca de 5 mil trabalhadores dos cinco municípios do entorno de Suape (Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Moreno, Jaboatão dos Guararapes e Escada) participaram de um programa de reforço escolar. Desde que iniciou seu processo de qualificação, o EAS já investiu R$ 16 milhões, sendo R$ 3,5 milhões na construção de um centro de treinamento. Além do reforço, os alunos também passaram com um curso no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e no CT do estaleiro antes de pisar no chão de fábrica. Pelos cálculos do Atlântico Sul, que capacitou 3.700 profissionais, o custo médio mensal para qualificar um aluno é de R$ 3.748.
O Promar ainda não desenhou seu modelo de qualificação, mas o diretor de Novos Negócios do Promar, Dail Cardoso, adianta que a ideia é qualificar 70% dos profissionais e contratar os demais 30% já com experiência no mercado. O executivo acredita que a parceria com o governo do Estado vai permitir reduzir custos e contribuir para o desenvolvimento local.
“Queremos montar um estaleiro com um bom corpo técnico. Já temos parcerias com prefeituras locais para capacitar mão de obra direta primária, de nível fundamental. A parceria com o Governo do Estado vai se somar a isso, no sentido de formar vetores necessários para multiplicar conhecimento na formação de recursos humanos de níveis técnico e superior”, destaca. O Promar aguarda a liberação da licença ambiental pela CPRH, em abril, para iniciar as obras do estaleiro em Suape.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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