O conselho de administração da Petrobras aprovou um novo modelo de gestão e governança para a estatal. Segundo a companhia, a “revisão do modelo ocorre em função da necessidade de alinhamento da organização à nova realidade do setor de óleo e gás e da priorização da rentabilidade e disciplina de capital”, aponta o comunicado divulgado nesta quinta-feira.
A mudança visa também fortalecer a governança da estatal, por meio de um maior controle e conformidade nos processos, e ampliar os níveis de responsabilidade dos executivos.
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“A reestruturação envolve a fusão de áreas, centralização de atividades, novos critérios para a indicação de gerentes executivos e responsabilização formal de gestores por resultados e decisões”, afirma o comunicado.
Segundo a empresa, o novo modelo de gestão poderá levar a uma redução de custos de R$ 1,8 bilhão por ano e uma redução estimada de pelo menos 30% no número de funções gerenciais em áreas não operacionais. Atualmente, 5,3 mil funções gerenciais da estatal estão em áreas não operacionais. A companhia possui cerca de 7,5 mil funções gerenciais aprovadas no total.
Também foi anunciada a criação de seis comitês técnicos estatutários compostos por gerentes executivos que terão a função de “analisar previamente e emitir recomendações” sobre os temas que serão deliberados pelos diretores, corresponsáveis nos processos decisórios.
A Petrobras também indicou que as mudanças que resultem na alteração do estatuto social da companhia serão levadas à assembleia geral de acionistas — ainda sem data marcada.
Pela nova estrutura apresentada pela companhia, o número de diretorias caiu de sete para seis: desenvolvimento da produção e tecnologia; exploração e produção; refino e gás natural; financeiro e relacionamento com investidores; recursos humanos, SMS e serviços; e governança, risco e conformidade.
No caso da diretoria de exploração e produção, o novo desenho inclui subáreas de gestão integrada de ativos, na posição de gerente geral, seguida por exploração, terra e águas rasas, águas profundas, águas ultraprofundas, logística e suporte a operações e, finalmente, Libra.
Em relação à diretoria de refino e gás natural, as áreas de gerência são formadas pela gestão integrada de ativos, seguida pelos negócios de indústria, gás natural, energia, logística e comercial.
Fonte: Valor