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Novos investimentos na indústria naval superam R$ 12 bilhões

Em dezembro, 165 projetos serão avaliados pelo Fundo da Marinha Mercante

O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM) analisa no dia 17 de dezembro 165 projetos que concorrem a recursos da instituição para a indústria naval. Estimadas entre R$ 12 bihões e R$ 13 bilhões, são propostas de expansão de estaleiros, construção de novas unidades, fabricação de navios, entre outros negócios que deslancharam a partir 2003 com as encomendas de plataformas e navios para a Petrobras.

A corrida das empresas pelo financiamento do governo surpreendeu Amaury Neto, diretor do FMM, que comparou a demanda atual com o volume praticado no início da década. “Para se ter uma ideia da expansão do setor, no ano 2000 não chegamos a analisar nem R$ 1 bilhão em projetos”, afirmou. "A demanda anual era da ordem de R$ 800 milhões naquela época", acrescentou. Sérgio Machado, presidente da Transpetro, lembra que os recursos do FMM acabavam caindo nos cofres o Tesouro por falta de demanda.

A análise de crédito pelo FMM funciona como um termômetro do setor. Após a primeira aprovação , o projeto ainda passa por mais nove fases, até contar efetivamente com o recurso liberado.
No ano passado, foram contratados – passaram pela primeira fase de avaliação - 196 projetos com recursos de mais da ordem de R$ 8 bilhões, quase metade de tudo o que fora incluído na carteira do FMM nos sete anos anteriores.

Nos últimos oito anos, foram contratados R$ 17 bilhões, distribuídos em 406 projetos. Para os próximos quatro anos, Neto avalia que R$ 13 bilhões serão contratados - num total de R$ 30 bilhões em projetos da indústria naval com aval do FMM durante os governos de Lula e sua sucessora Dilma Rousseff.

“Foi uma iniciativa muito interessante e eficiente promover, nas duas pontas, o renascimento da indústria naval. Criou-se demanda e oferta. Em 2000 o setor empregou menos de dois mil trabalhadores. Hoje são 50 mil empregos. Um salto gigantesco, fantástico, coisa única no mundo”, afirmou.

Amaury participou de entrevista coletiva na sede da Transpetro. A subsidiária da Petrobras antecipou informações sobre o terceiro navio do Programa e Modernização e Ampliação da Frota da Petrobras (Promef), batizado de Sérgio Buarque de Holanda. O petroleiro será lançado em solenidade que contará com a presença do presidente Lula.

Machado lembra que a “indústria naval no inicio do governo não existia”. “Com isso outras empresas passaram a acreditar, a partir das encomendas da Petrobras.” Fizemos um choque tecnológico na indústria naval”, acrescentou.

Fonte:iG Rio de Janeiro/Sabrina Lorenzi,


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